O projeto Estação de fotografia e identidade encerrou as inscrições no último dia 27 de abril. Ao todo, 348 pessoas se cadastraram, e as aulas inaugurais das oficinas de fotografia começam a partir desta segunda-feira (12), e seguem com encontros online e presenciais, reunindo 80 participantes selecionados. Eles são moradores de Belo Horizonte, Itabira, Barão de Cocais, Nova Era, João Monlevade, Rio Piracicaba e Antônio Dias, todos municípios atravessados pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

O projeto Estação propõe a construção de uma rede de afetos e saberes entre comunidades ligadas pela ferrovia, integrando educação, arte e memória, unindo linguagens como fotografia, videoarte e instalações urbanas. Entre os inscritos,

  • 69% são mulheres;
  • 67% autodeclarados negros ou pardos;
  • 72% têm pouco conhecimento em fotografia, mostrando potencial formativo;
  • Participantes com ensino médio (58%) e superior (34%) predominam, com abertura também a quem tem ensino fundamental (8%);
  • 31% inscritos em programas sociais, revelando acesso a públicos em situação de vulnerabilidade social;

Inscrições por cidade: Belo Horizonte (36%), Itabira (15,5%), Barão de Cocais (12%), Nova Era (10%), João Monlevade (9%), Antônio Dias (7%), Rio Piracicaba (6%), entre outras.

Segundo a assessora pedagógica do projeto, Ana Paula Florenzano Ferreira, “não nos restam dúvidas de que o aproveitamento dos recursos oferecidos em aula, por professores muito capacitados, será muito valioso. O plano de aulas está muito abrangente e os alunos terão muitas surpresas a desvendar no trajeto desses encontros. Posso dizer, antecipar, que os alunos verão maravilhas no simples fato de olhar para as pessoas, olhar para as memórias e tradições locais, e que por muitas vezes, na pressa da vida, a nossa fração de ver não consegue captar”.

O projeto Estação é idealizado e realizado pela Horus Planejamento e Gestão, tem apoio da Vale e é regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).