A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira (30) a conclusão do inquérito que acarretou a prisão de três suspeitos de invadir e furtar residências de alto padrão em João Monlevade e em outras quatro cidades mineiras. Ao todo, os três são investigados por, ao menos, 30 crimes nos municípios de Ouro Branco, Contagem, Divinópolis, Belo Horizonte e João Monlevade.

Os suspeitos, indiciados e presos pela PC, possuem longo histórico criminal por crimes como homicídio, adulteração de veículos, furto e tráfico de drogas. Eles são considerados a maior quadrilha de invasão a residências na Grande Belo Horizonte, levando veículos, coleções de relógios e bebidas caras. Os prejuízos são calculados em R$2 milhões.

As investigações

Conforme o chefe da Divisão Operacional do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), delegado João Prata, os suspeitos eram investigados desde a invasão em um prédio no bairro Comiteco, na capital, na virada do ano: “Eles furtaram sete apartamentos e subtraíram objetos de valores, como jóias, dinheiro, e veículos, com um prejuízo estimado em R$1 milhão”.

Em levantamentos, a equipe da 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo, pertencente ao Depatri, apurou que um mentor dos crimes havia sido preso no início do mês, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro. O delegado Gustavo Barletta explicou que, “após a prisão do líder da organização criminosa, identificamos um homem que atuava como substituto no grupo para dar continuidade aos delitos”.

O monitoramento dos demais integrantes foi realizado pelos policiais que apuraram uma prisão em flagrante de três envolvidos em um furto na Pampulha: “Tínhamos uma investigação em andamento aguardando pedidos judiciais. Com a prisão do trio, houve uma celeridade no processo para o cumprimento dos mandados em tempo hábil, antes que a audiência de custódia acontecesse”.

Destino

O delegado Barletta informou que, durante o cumprimento dos mandados judiciais, a equipe policial identificou uma casa de luxo em Santa Luzia, utilizada pelo grupo criminoso como depósito dos objetos furtados: “O local era utilizado como bunker, muitos objetos de luxo e aparelhos eletrônicos foram recuperados nesse local, e há indícios que festas eram realizadas pelos investigados”.

Objetos apreendidos durante a execução das buscas já foram reconhecidos por algumas vítimas. A Polícia Civil procura agora pelos receptadores, aqueles que compraram ou obtiveram os produtos subtraídos das vítimas. O comprador de um Citroën C3 furtado já está atrás das grades. Mais detalhes sobre a ação dos criminosos em João Monlevade devem ser repassados em breve pela corporação.