Prefeito decreta estado de emergência
Dois tenentes do Exército Brasileiro estiveram na manhã desta sexta-feira (10) vistoriando os estragos provocados pelas chuvas de terça-feira (7) em Dom Silvério. Os tenentes Pedro e Wallace, da 4ª Região Militar, vistoriaram o bairro Campestre e avaliaram a construção de uma ponte metálica provisória. Durante a vistoria, eles estiveram acompanhados pelo prefeito saudense, José Bráulio Aleixo (União Brasil), e de integrantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).
O objetivo é permitir o acesso e o trânsito dos moradores à parte mais alta da cidade, severamente prejudicado pelo temporal de terça-feira, que arrastou várias pontes e deixou um rastro de lama e prejuízos. Segundo a Prefeitura, a visita dos militares do Exército foi possibilitada graças a uma solicitação do município ao governo estadual, através do coronel Rezende, chefe do Gabinete Militar do Governador e da Defesa Civil de Minas Gerais.
Estado de emergência
O prefeito José Bráulio Aleixo decretou estado de emergência nessa quinta-feira (9) em decorrência dos estragos provocados pela tempestade de terça-feira (7). Com o documento, autoriza-se que todos os órgãos da administração municipal autem sob coordenação da Defesa Civil para responder às demandas da população afetada.
O decreto também autoriza a convocação de voluntários para os trabalhos de reconstrução e a entrada nas residências e propriedades para resgate de flagelados ou em caso de risco eminente à vida de alguém. A desapropriação de bens e imóveis também é permitida, desde que siga as exigências da legislação federal. O município ainda pode solicitar auxílio ao governo federal, e os cidadãos afetados podem usar os recursos de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O decreto de emergência também autoriza que a Prefeitura saudense contrate empresas sem licitação prévia para as obras de reparo e aquisição de produtos essenciais para a requalificação dos espaços atingidos e amparo aos prejudicados. Essas obras e aquisições precisam ser concluídas em até um ano após a enchente, e os contratos com as empresas não podem ser prorrogados.
O texto do decreto menciona que, sem horas, caíram 150 milímetros de chuva sobre Dom Silvério. O rio do Peixe e os córregos do Mingau e dos Pereiras transbordaram, inundando a sede do município e a zona rural. Duas pontes na área central foram completamente destruídas, e outras duas sofreram danos. As águas varreram escolas, a capela-velório e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Na zona rural, o temporal provocou prejuízos nas localidades do Quilombo, Barroso, Quintão e Matipó, com pontes destruídas, deslizamento de encostas e obstrução das vias.