A Câmara Municipal de João Monlevade analisa dois projetos de lei que concedem meia-entrada em eventos culturais. O primeiro, proposto por Gustavo Maciel (Republicanos), concede o benefício aos professores. O segundo, apresentado por Fernando Linhares (Podemos), garante o bilhete a preço promocional para policiais, bombeiros militares e guardas municipais.
Os dois textos proíbem a limitação da quantidade de bilhetes para meia-entrada, e exigem que o contemplado apresente um comprovante para obter o benefício, e que a casa informe o público sobre ele.
Na justificativa de seu texto, Maciel diz que os professores poderiam avaliar os conteúdos e recomendá-los ou não aos seus discentes. Ele afirma haver conversado com o proprietário do Cine Ritz, que diz que a prática já existe em seu estabelecimento. Maciel ainda argumenta que a classe enfrenta dificuldades financeiras, a mesma justificativa de Linhares em seu projeto para os profissionais da segurança pública.
A meia-entrada para estudantes de qualquer nível já existe nacionalmente desde 2001, e é válida para concertos, sessões de cinema, museus, peças teatrais, exposições artísticas e culturais, entre outros. Leis estaduais e municipais estendem o benefício a outras classes, como aposentados no município de São Paulo e doadores de sangue no Espírito Santo.
A proposta nasceu sob a justificativa de facilitar o acesso à cultura a grupos de menor poder aquisitivo. No entanto, a medida é criticada por encarecer o ingresso a quem não é contemplado, pois os organizadores são obrigados a repassar os custos das meias-entradas a quem paga a inteira.