Três dos cinco candidatos à Prefeitura de João Monlevade tiveram menos votos que os nulos e brancos nas eleições do dia 6 de outubro. Conforme os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 2.489 eleitores monlevadenses, ou 5,38% dos votos registrados, anularam o voto para prefeito. Outros 2.204, que correspondem a 4,76% dos eleitores que estiveram nas seções, apertaram a tecla “branco”.

Somados, são 4.693 cidadãos que compareceram às urnas, mas não optaram por nenhum candidato ao Executivo. O terceiro colocado na votação, Gustavo Breguez (PP), teve 3.492 votos, enquanto Conceição Winter (PDT) teve a adesão de 2.864 eleitores, e Zé Roberto (Novo) ficou com 500 votos. Dessa forma, os três tiveram menos apoio que os monlevadenses que preferiram o voto nulo ou em branco.

Os votos brancos e nulos são desprezados do cômputo eleitoral, servindo apenas como estatística. Antes da Constituição de 1988, os votos em branco eram destinados aos vencedores do pleito, enquanto os nulos eram entendidos como um “protesto” contra as candidaturas. Todavia, como a atual Carta Magna estabeleceu que a definição dos vencedores se dá apenas pelos votos válidos, tanto os brancos quanto os nulos são descartados, mesmo que sejam a maioria dos votos.

Abstenção

A abstenção dos eleitores monlevadenses foi superior à média nacional. Segundo a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha, 21,71% do eleitorado brasileiro não compareceu às urnas para votar. A magistrada manifestou preocupação, considerando elevada a quantidade de ausências, o que seria prejudicial à democracia brasileira.

Já em João Monlevade, onde 61.423 cidadãos estavam alistados para votar, apenas 46.293 pessoas apareceram em seus locais de votação. Ou seja, 24,63% deixaram de votar nessas eleições.