A Polícia Militar prendeu nessa segunda-feira (20) um homem de 29 anos apontado como um dos principais fornecedores de drogas no bairro Sion, em João Monlevade. Conforme a Polícia, por volta das 17h, uma guarnição patrulhava a rua Castanheira, quando avistou o suspeito, alvo de várias denúncias pelo comércio de narcóticos na região.

Quando percebeu que a viatura se aproximava, ele levou as mãos à cintura, como se fosse pegar algo, e demostrou muito nervosismo. Os militares o revistaram, encontrando consigo 30 pedras de crack, R$934,00 em dinheiro e um telefone celular.

Por conta disso, o homem recebeu voz de prisão por tráfico de drogas e foi encaminhado com todo o material apreendido à Delegacia de Polícia Civil para as providências legais.

 

Guerra às drogas no Brasil

 

Política de Guerra às Drogas no Brasil teve seu início em 1940, quando determinadas drogas entorpecentes foram criminalizadas no território brasileiro, por meio do Código Penal de 1940, na Lei nº 2.848/1940, constando no artigo 281:

Este artigo tornava essas drogas algo ilegal e assim autorizava os poderes policiais e órgãos reguladores a tomar sansões contra os usuários e traficantes de drogas ilícitas.[1][2] Antes da proibição legal, drogas entorpecentes já eram envoltas pelo preconceito, principalmente racial com a questão da maconha, que era apelidada de “fumo-de-angola”, já que era utilizada pelos negros em seus rituais. Assim, a proibição e regulamentação das drogas entorpecentes foi impulsionada pelo racismo.[carece de fontes]

Em 1973, quando o Brasil teve seu adesão ao Acordo Sul-Americano sobre Estupefacientes e Psicotrópicos, a guerra às drogas mudou sua maneira de agir, tendo em vista que desta vez as mudanças nas políticas sobre drogas deixavam claro as penas e as consequências de portar, comprar ou vendê-las. Era de interesse do Estado brasileiro que as drogas entorpecentes fossem marginalizadas e proibidas, tendo em vista que em 1968 em marchas estudantis contra a ditadura, essas foram utilizadas como símbolo de resistência contra o regime e, por não ter uma punição clara, os usuários não eram julgados ou punidos.[3][4]

Dos anos 1980 a 1990, houve uma união de gangues e expansão do crime organizado, gerando assim intensificação de conflitos que se estendem até hoje. Inicialmente, as facções eram criadas com propósitos similares: combater a repressão policial e viver em harmonia. Porém, em 2016, começaram a aparecer os primeiros relatos de guerras sangrentas entre facções.