O chefe do 12º Departamento de Polícia Civil de Minas Gerais, delegado-geral Gilmaro Alves Ferreira, lança em João Monlevade, nesta sexta-feira (14), o projeto Chame a Frida, em solenidade às 10h, no Plenário da Câmara Municipal. O número é (31) 98490-0681.

O Serviço trata-se de uma atendente virtual via Whatsapp que recebe denúncias de violência doméstica e familiar. A iniciativa, já implantada em Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, funciona em mais de 50 cidades de diferentes regiões mineiras.

Através do aplicativo, a atendente recebe solicitações de vítimas de violência por meio de mensagens de texto, áudio ou até fotos. Na prática, a mulher inicia uma conversa e, de forma automática, acontecem o acolhimento e o esclarecimento das principais dúvidas.  “Frida” ainda pode fazer uma avaliação preliminar do risco e acionar a polícia.

Também é possível agendar horário para comparecimento a uma unidade policial, programar exame de corpo de delito, obter informações sobre a Lei Maria da Penha e medidas necessárias em caso de violência e orientações acerca de procedimentos legais e de proteção.

Conforme a Polícia Civil, sempre que necessário, a mulher é direcionada para falar diretamente com um policial civil. “O sistema funciona 24h de forma fácil, rápida e discreta”, informa a PCMG.

Idealizadora

De acordo com a escrivã da PCMG Ana Rosa Campos, que idealizou o Chame a Frida, o projeto nasceu durante a pandemia da Covid-19, “diante de um cenário em que muitas mulheres tinham dificuldade de acesso às delegacias de polícia”.

Assim, em abril de 2020, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, unidade na qual a escrivã é lotada, adotou a proposta. A experiência recebeu prêmios nacional e internacional e chegou a várias delegacias mineiras.

Dessa forma, conforme Ana Rosa, o trabalho o ‘Chame a Frida’ traz mais segurança para as mulheres. “Inclusive, estamos  fazendo a diferença para aquelas residentes na zona rural, deficientes físicas. De casa, elas têm acesso à Polícia Civil, na palma da mão”, resume Ana Rosa.