O Hospital Margarida anunciou na tarde desta segunda-feira (25) a primeira morte de paciente comprovadamente contaminado pela chikungunya. Segundo a casa de saúde, a vítima é uma idosa de 87 anos, moradora do bairro Ipiranga, em João Monlevade, que já tinha complicadores de saúde. Ela faleceu no último sábado (23), e conforme informado pelo hospital, a chikungunya foi atestada com o óbito.

Na noite da sexta-feira (22), o Margarida teve o seu nono óbito de paciente com possível dengue. A vítima é um rapaz de 29 anos, residente no bairro República, que também tinha comorbidades e estava internado desde a segunda-feira da semana passada (18). Como nos casos anteriores, amostras foram colhidas e enviadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, que atestará ou descartará a infecção.

Boletim

Segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira (25), com dados das 13h30, o Hospital Margarida mantinha três pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI), sendo dois monlevadenses, e 23 na enfermaria, onde apenas um mora em outro município. Esses cidadãos residem em Nova Era, em São Domingos do Prata e nos bairros monlevadenses do Metalúrgico, Belmonte, Corumbiara de Vanessa, José Elói, Vera Cruz, Teresópolis, Novo Cruzeiro, Cruzeiro Celeste, Laranjeiras, São Jorge, Serra, Lourdes, Promorar, Rosário, Loanda e Belmonte. Da sexta-feira (22) ao domingo (24), o HM realizou 117 atendimentos de urgência.

Saiba mais

Conforme o Ministério da Saúde, a doença é uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é o Aedes aegypti. O vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante epidemia em diversos países da América Central e ilhas do Caribe. No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia. Atualmente, todas os Estados registram transmissão desse arbovírus.

No ano de 2023 ocorreu importante dispersão territorial do vírus no Brasil, principalmente para estados da Região Sudeste. Anteriormente, as maiores incidências de chikungunya observadas no Brasil, concentravam-se na região Nordeste. As principais características clínicas da infecção por chikungunya são edema e dor articular incapacitante. Também podem ocorrer manifestações extra articulares. Os casos graves de chikungunya podem demandar internação hospitalar e evoluir para óbito.

 

Arquivo JAN.