O Atlético Mineiro garantiu sua vaga nas semifinais da Copa Libertadores 2024 de uma forma que já virou tradição: com sofrimento e raça. Precisando vencer após a derrota por 1 a 0 no jogo de ida contra o Fluminense, o Galo começou a aumentar o drama com Hulk desperdiçando um pênalti logo aos cinco minutos. No entanto, a noite reservava um desfecho heroico. Deyverson, que saiu do banco de reservas, marcou duas vezes e garantiu a vitória por 2 a 0 na Arena MRV.
A vaga foi conquistada com muita pressão, tática impecável e apoio incondicional da torcida, além de uma mudança estratégica de Gabriel Milito, que fez apenas uma alteração em relação ao jogo de ida: Lyanco entrou no lugar de Bruno Fuchs, improvisado na lateral-direita. O zagueiro, em sua melhor atuação pelo Galo, foi peça chave em uma defesa sólida que neutralizou o ataque tricolor.
Os números mostram a superioridade do Atlético, que dominou com 60% de posse de bola e 22 finalizações contra apenas quatro do Fluminense. Foram 542 passes completados pelo Alvinegro, enquanto o time carioca ficou com apenas 267, lutando para manter a posse ao longo do jogo.
O pênalti desperdiçado por Hulk parecia que daria um tom trágico à partida, mas o Galo manteve o ritmo, explorando as laterais com Arana e Scarpa, que confundiam a marcação do Flu. O pênalti, inclusive, surgiu de uma jogada entre os dois, com Scarpa cruzando para Arana, que finalizou antes de a bola tocar na mão de Arias. Hulk, entretanto, bateu fraco e facilitou a defesa de Fábio.
O final feliz veio com Deyverson, em uma noite de redenção. O atacante, que entrou no segundo tempo, marcou duas vezes e carimbou a vaga para a próxima fase. A torcida agora sonha com a final e, quem sabe, mais um título para o Galo.
O Atlético Mineiro agora enfrenta o River Plate nas semifinais da Libertadores, em um confronto de gigantes. O Galo chega com moral após eliminar o Fluminense, o atual campeão do torneio, e mostra que está pronto para desafios ainda maiores. Conhecido como o “time da virada”, o Atlético mantém vivo o sonho de conquistar novamente o troféu mais cobiçado da América, a Libertadores, reforçando sua trajetória de superação e luta. A confiança da equipe e da torcida cresce, enquanto a obsessão pelo título se intensifica
O Galo, mais uma vez, mostrou que se não for sofrido, não é Atlético.