O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a impugnação da candidatura de Isabel Mota (PL) a vice-prefeita de João Monlevade. Ela integra a chapa de Luiz Carlos Freitas, candidato a prefeito. O documento é assinado pelo promotor da comarca, Gabriel Costa de Jesus, e endossa o pedido do Partido Progressistas (PP), que postula a candidatura de Gustavo Breguez e Carlos Cota.

Em questão, está a apresentação do programa “Igreja, Notícias e Reflexões” na Comunicativa FM, por “Belinha”. Ela afirma que deixou os microfones no dia 27 de junho, três dias antes do prazo legal para o afastamento, que se encerrou em 30 de junho. Já o PP aponta que ela permaneceu à frente da atração depois desse período, o que impediria a sua candidatura.

O promotor assinala que vinhetas indicando a apresentação de Isabel foram veiculadas nos dias 11, 17, 24, 25 e 31 de julho. Ele indica que Belinha continuou à frente do programa “Igreja, Notícias e Reflexões” até 15 de agosto, quando enviou uma mensagem de áudio, anexada no pedido do PP, pedindo a exclusão de seu nome da abertura. Atendendo ao pedido dos progressistas, a rádio comunitária enviou gravações de 70 dias de sua programação.

Defesa

Em seu pedido, Gabriel de Jesus ainda rechaçou as teses do advogado de “Belinha” de que sua defesa estaria sendo cerceada. Ou que o PP não teria legitimidade para representar contra a candidatura dela. O representante do Ministério Público Eleitoral ainda negou que a Comunicativa FM fosse uma emissora clandestina, conforme também a defesa da candidata, afirmando que a estação está sim, credenciada junto ao Ministério das Comunicações.

Troca de vices

“Belinha” é candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada por Luiz Carlos Freitas (PL). Seu nome foi apresentado à comunidade a 15 de agosto, último dia para registro de candidaturas e véspera do início da campanha. Ela foi o quarto nome apresentado como vice na chapa em menos de duas semanas, pois o PL postulara Ruth Coelho, “Zezinho Despachante” e Ana Paula Martins, todos declinando por impedimentos legais ou alegadas questões de saúde.  Agora, a decisão sobre impugnar ou não a candidatura de Isabel Mota está nas mãos da Justiça Eleitoral.