João Monlevade inicia 2025 com a posse do prefeito reeleito Laércio Ribeiro (PT) para seu segundo mandato consecutivo. Essa é terceira vez que ele ocupa o cargo de chefe do Executivo e terá a experiente política Dorinha Machado como vice. Este novo ciclo representa não apenas a continuidade de um projeto político, mas também uma oportunidade da atual gestão consolidar avanços e corrigir eventuais falhas.
Vale lembrar que a expressiva vitória de Laércio Ribeiro foi construída com o apoio de uma ampla coligação partidária. Ela é fruto da articulação, entre outros, do ex-vice, Fabrício Lopes, e do empresário Elgen Machado, o Machadão, marido de Dorinha.
No entanto, essa mesma pluralidade já traz um dos grandes desafios da nova gestão: a distribuição de espaço entre os apoiadores. Muitos, sobretudo candidatos a vereadores derrotados, querem um cargo na administração.
Naturalmente, não haverá lugar para todos. Portanto, será necessário que o prefeito e seu grupo tenham habilidade política para evitar desgastes e manter a base coesa. Quem está em segundo mandato não pode errar. Por exemplo, a escolha de nomes para ocupar secretarias que ainda estão em aberto: Educação, Fazenda, Obras, Esporte e Lazer e Desenvolvimento Econômico. Não dá para errar os nomes que irão compor esse quadro.
Vale a pena interferir na composição da Câmara, levando vereadores para o governo e abrir espaços para outros nomes derrotados no Legislativo? O governo ganha ou perde com isso? A política ensina que a chave para o fracasso é tentar agradar a todos.
Paradoxalmente, o sucesso de uma gestão depende de escolhas feitas e governar bem é saber tomar decisões. Muitas com consequências que podem custar caro ao governo.
Há muita expectativa para a gestão Laércio 3, sobretudo, pelo anúncio de obras e ações planejadas para os próximos quatro anos. Isso deve gerar impactos duradouros na qualidade de vida da população.
O segundo mandato é uma oportunidade de deixar um legado positivo, e o futuro da cidade depende de um equilíbrio bem-sucedido entre política e boa gestão. Que os próximos quatro anos sejam marcados por mais acertos que erros desde já e que a população seja, de fato, a maior beneficiada desse novo ciclo.