A paralisação da Gerdau em Barão de Cocais caiu como uma bomba na cidade vizinha. Os impactos da decisão, que afeta diretamente 487 trabalhadores, são tristes e lamentáveis. A consequência disso impacta indiretamente toda a região.
Mas por outro lado, em Monlevade, a notícia é que as obras de expansão da ArcelorMittal, ao contrário de fake News e especulações em redes sociais, seguem em ritmo normal, dentro do previsto. Atualmente, conforme a empresa, há mais de 1000 trabalhadores nas obras, número que pode chegar a 5 mil no pico da expansão.
Claro que, em virtude de término de contratos com empresas terceirizadas, pode haver desligamentos de empregados. Acabou o serviço, há demissões inevitavelmente. Mas isso não significa que haverá uma paralisação dos trabalhos. Além disso, o fechamento da Gerdau nada tem a ver com a duplicação da Usina de Monlevade.
É preciso acreditar que a tão esperada expansão, sonhada desde 2008, enfim, seja concluída em seu ritmo previsto. É preciso acreditar que a ampliação, que vai dobrar a capacidade de produção, vai trazer mais emprego, renda e impostos para João Monlevade. E os impactos também serão sentidos em toda a região.
E há motivos para ser otimista. No dia 20 de maio, representantes do setor siderúrgico anunciaram ao Governo Federal, investimentos de R$100 bilhões na expansão da estrutura produtiva no Brasil, ao longo dos próximos cinco anos. O anúncio, conforme o setor, ocorre após medidas do governo Lula (PT), como a criação de cotas para limitar a importação do aço, tornando o produto brasileiro mais competitivo.
Entre os presentes ao anúncio dos investimentos, estava o presidente da ArcelorMittal Brasil, grupo do qual a Usina de Monlevade faz parte, Jéfferson de Paula. Ele, inclusive, reafirmou a disposição da indústria do aço de se engajar na retomada do crescimento do país.
Claro que há variáveis no mercado e tudo pode mudar com a sua instabilidade peculiar. Mas há motivos para continuar tendo esperanças e confiança para assim, vencer o medo.