João Monlevade, assim como outras cidades brasileiras, enfrenta o desafio de melhorar a sua mobilidade urbana. A Notícia inicia, nesta edição, uma série de matérias para tratar do tema. Vale lembrar que mobilidade não é apenas trânsito. Por isso, é fundamental pensar em melhores condições de acessibilidade, como passeios mais largos, sem degraus e mais conservados, além de meios de transportes públicos eficazes, com mais opções de horários e ônibus menos cheios, além da regulamentação e fiscalização do serviço de táxis.
Com a nova licitação do transporte escolar que se avizinha, provavelmente, estudantes estarão mais presentes nas linhas comuns. Isso requer mudanças e adaptações ao novo cenário. Pelo menos, nos horários de entradas e saídas dos alunos, será preciso reforço em todas as linhas. Atualmente, os ônibus não são suficientes em vários horários do dia, forçando os usuários a enfrentarem veículos lotados. A ampliação da frota e a criação de novos horários ajudariam a tornar o sistema mais atrativo.
Outra situação já cobrada neste espaço é a falta de vagas de estacionamento na região central. Está cada dia mais difícil parar um veículo. Isso prejudica até o comércio. Essa pauta é um dos problemas mais sentidos no centro da cidade, onde a quantidade de vagas não acompanha a demanda.
A volta de um sistema de estacionamento rotativo, bem planejado e regulamentado, poderia amenizar a situação, proporcionando uma maior rotatividade das vagas e facilitando o acesso aos estabelecimentos comerciais, além de reduzir congestionamentos e favorecendo a fluidez no centro.
Finalmente, é necessário pensar nos pedestres, cuja mobilidade é constantemente dificultada pela falta de calçadas bem conservadas e acessíveis. As condições dos passeios públicos em várias partes da cidade são precárias, com superfícies irregulares e sem acessibilidade. Melhorar essas estruturas não é apenas uma questão de segurança, mas também de inclusão.
Resolver esses desafios exige boa vontade da administração em querer fazer. A população deve cobrar, assim como entidades, tais quais a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial, Industrial e Prestação de Serviços (Acimon). O esforço conjunto para encarar essas questões com a seriedade que merecem, é necessário. É urgente pensar a mobilidade urbana. Afinal, João Monlevade precisa oferecer mais qualidade de vida aos cidadãos e seguir no caminho do desenvolvimento responsável e inclusivo.