Na última quarta-feira (18), a ArcelorMittal Brasil anunciou a paralisação, de forma temporária, das obras de expansão da Usina de João Monlevade. A notícia frustrou, mais uma vez, a comunidade que espera há anos, pela concretização desse projeto. A empresa justificou a decisão em virtude do cenário macroeconômico e as oportunidades de mercado. Dessa forma, o grupo vem revisando seus planos de investimentos. Mesmo após o governo federal anunciar taxação de 25% nas importações de aço.
O anúncio jogou água fria nas expectativas do município e da região. Afinal, o projeto previa investimentos de R$2,5 bilhões na unidade de Monlevade para quase duplicar a capacidade de produção, de 1,2 milhão para 2,2 milhões de toneladas anuais de aço. Além disso, seriam gerados cerca de mil empregos diretos. O adiamento também frustra as expectativas de aumento de arrecadação no caixa do município. Conforme a siderúrgica, a decisão não afeta a mão de obra e nem a produção atual. Em breve, os trabalhos das empresas terceirizadas que atuavam na estrutura no canteiro de obras serão desmobilizados.
Mais uma vez, a cidade vê o adiamento do sonho de ver a Usina duplicada, gerando mais empregos, renda e movimentando o mercado de aço nacional. Infelizmente, não será dessa vez. Se há um lado positivo dessa notícia, é que o projeto não está descartado, mas suspenso por ora. Além disso, as estruturas feitas já estão montadas e um novo laminador, que integra o projeto, já está em atividade e já produziu mais de 1 milhão de toneladas de aço desde 2022. A torcida é que essa pausa não dure muito tempo e que esse projeto, numa das mais importantes siderúrgicas do mundo, seja retomado e, enfim concretizado.