A Polícia Civil arquivará a investigação sobre o espancamento a um morador de rua, ocorrido na noite de 8 de agosto no bairro Carneirinhos em João Monlevade. A informação foi repassada pelo delegado regional, Bernardo de Barros Machado, após questionamento do A Notícia.
Conforme o delegado, a vítima, um cidadão argentino e artista de rua, não quis abrir representação por lesão corporal contra os agressores. Ele ainda assinou um termo de desinteresse da investigação. Dessa forma, o caso agora deixa de ser investigado.
Os dois suspeitos também prestaram esclarecimentos. Segundo Bernardo Machado, eles informaram que a agressão foi motivada pela tentativa de extorsão praticada pela vítima contra eles. O argentino teria pedido dinheiro à dupla, que negou e foi extorquida. A chantagem teria acontecido no dia anterior ao espancamento. Um dos homens teria sofrido uma lesão na testa, provocada por facão.
O delegado Bernardo Machado solicita que qualquer pessoa que tenha sofrido uma tentativa de extorsão ou pedidos agressivos de dinheiro procure a Polícia Civil para prestar queixa. A corporação já abriu inquérito para apurar esses crimes na cidade.
Relembre
O caso ocorreu por volta das 22h, debaixo da marquise de uma sorveteria na esquina da rua Armando Batista com a avenida Wilson Alvarenga, próxima à praça do Lindinho, no centro comercial de João Monlevade. Filmagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois homens saltam o guarda-corpo, e um deles passa a desferir chutes e socos contra o homem que ali dormia, enquanto o outro observa.
A vítima tenta defender-se, atrancando-se ao agressor. Ambos caem ao chão, e o argentino agita um objeto semelhante a um facão, mas o homem que observa toma a ferramenta enquanto o outro monta sobre o espancado e continua a socá-lo. Em seguida, ambos vão embora, deixando a vítima no local. A divulgação das gravações provocou indignação na comunidade, que pediu punição aos espancadores.