Nesta sexta-feira (26), começa o Festiva Gastronômico de Nova Era. O evento será na histórica Fazenda da Vargem, com entrada gratuita. Hoje, a atração musical é o Ministério do Louvor, Banda Transmissão e Eli Soares. Amanhã (27), tem a Corporação Musical Euterpe Lagoana, Três Lados Iguais, Samba Retrô e Rael Marques. Mais tarde, as principais atrações do dia são Nando Reis, além da Banda Djavu.
O evento segue no domingo com espetáculo circense, seguindo com apresentações de dança da Escola de Arte Freedom e Grupo Step Crew. Ainda, Japão do Forró e Paulão. Às 20h, fechando a programação, a dupla Maria Cecília e Rodolfo se apresenta com muitos sucessos.

Fazenda da Vargem

Fonte: Decreto1407/2005_ Livro de Tombo: inscrição n°03, Fls.,02. Data: 15/03/2005

 

Acervo Fotográfico.

A Fazenda da Vargem está localizada a 6 km da cidade, às margens da MG 120 deslumbra a todos pela sua beleza e monumentalidade arquitetônica. Foi erguida na primeira metade do século XIX e que serviu de importante entreposto comercial.

Nas proximidades, a apenas 2 km, encontram-se dois bairros periféricos: Morada dos Heróis e Córrego das Pedras, resultantes de um processo de urbanização dinamizado a partir da década de 70 do século XX, à margem da MG 120, rodovia projetada, desde os seus primórdios, antes de receber a pavimentação asfáltica na rota do tropeirismo, acesso estratégico que interagia com toda a região circunvizinha. Rota, que na década de 50/60 do século XX, coincidentemente, alguns de seus trechos, foram aproveitados para a implantação de um projeto que não foi concluído, um ramal ferroviário ( Leopoldina ), ligando Nova Era à Zona da Mata.

 

Acervo Fotográfico.

Desde seus primórdios a Fazenda teve papel de destaque na história do município, se mostrando até os dias atuais como uma referência não apenas sócio-econômica, mas também como importante referência simbólico-afetiva e cultural para os novaerenses. A propriedade manteve durante longos anos uma grande produção agropecuária, cafeeira e de açúcar, movida à mão-de- obra escrava.. Em meio aos 10 mil metros quadrados de área ergue-se a monumental casa-sede, com suas numerosas janelas e portas na fachada. Foi tombada como Patrimônio Arquitetônico e Cultural de Nova Era, em 08 de maio de 2005.

 

A construção possui sistema construtivo próprio do período colonial, onde a madeira é material fundamental, assim como a terra e a pedra. Encontrada de forma farta na época, a madeira compunha o embasamento, a estrutura, parte da vedação, os quadros dos vãos, o engradamento da cobertura, o piso do andar superior e da escada, além dos detalhes da composição, como guarda-corpos e cimalhas.

 

Denominação

Quanto à sua denominação “Vargem”, que permanece, se justifica pela característica do terreno em que a sede da fazenda se encontra edificada, uma baixada, entre a encosta e um curso d’água – Rio do Prata, afluente do Rio Piracicaba.

 

Idealizador

O idealizador da construção da casa sede da Fazenda da Vargem, Joaquim Martins da Costa, nasceu em 1800. Trata-se de um sobrado residencial de tipologia originalmente rural. Pelas fontes da história oral e bibliográfica e observada a trajetória cronológica de seu idealizador, é coerente situar que a sua edificação se deu entre 1835 a 1845. No seu processo construtivo se faz notar linguagens e técnicas do período colonial. Não se trata de uma exceção, mas de uma manifestação tardia, habitual de tendências construtivas em voga no século XVIII, no decorrer do século XIX.