A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lança no dia 27 de maio, 9h, no Centro Cultural em São Gonçalo o projeto “Chame a Frida”. O evento contará com a presença do 12º Departamento de Ipatinga, delegado-geral, Gilmaro Alves Ferreira.

O serviço é uma forma de apoiar as mulheres em situação de violência. Consiste em uma assistente virtual que realiza atendimento imediato à vítima. Ele acolhe a denúncia, esclarece dúvidas, faz uma avaliação preliminar do risco. Além de trazer a possibilidade da vítima se comunicar diretamente com um policial. Isso, através de número disponibilizado para essa finalidade.

A partir daí, a Polícia faz uma triagem  do que a vítima precisa e oferece orientações. Até mesmo um agendamento  para que a vítima vá até a delegacia fazer as medidas protetivas.

De acordo com a Polícia Civil, “Chame a Frida” é mais um instrumento feito por e para mulheres que se solidarizam com o sofrimento e entendem a dificuldade que existe na busca por comunicação daquelas que vivenciam a realidade de relacionamentos abusivos.

O objetivo do “Chame a Frida” é facilitar a comunicação entre mulheres em situação de violência e a Polícia Civil de Minas Gerais, por meio desse primeiro contato com as vítimas. O projeto oferece a ferramenta por meio da qual será possível agendar atendimento na delegacia. Inclusive, é acessível para mulheres analfabetas, que podem denunciar a violência por meio de áudio e de fotos.

Proximidade

De acordo com a escrivã da PCMG Ana Rosa Campos, idealizadora do “Chame a Frida”, o projeto nasceu durante a pandemia da covid-19. A medida ajudou mulheres diante de um cenário em que muitas tinham dificuldade de acesso às delegacias de polícia.

Assim, em abril de 2020, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, unidade da escrivã, adotou a proposta. Com o êxito da experiência, premiada nacional e internacionalmente, novas unidades policiais aderiram ao projeto. O atendimento já acontece em mais de 50 cidades cidades mineiras. Na região, funciona em Itabira desde o ano passado.

“A partir de suas possibilidades de serviços, o ‘Chame a Frida’ traz mais segurança para as mulheres – inclusive estamos conseguindo fazer diferença para aquelas residentes na zona rural, deficientes físicas -, que conseguem de casa ter acesso à Polícia Civil na palma da mão”, resume Ana Rosa.