A direção da ArcelorMittal não tem planos para retomar as obras de duplicação da capacidade de produção da Usina de Monlevade. A informação em resposta ao questionamento do jornal A Notícia foi dada pela Assessoria de Comunicação da empresa, na quarta-feira (29). “Neste momento, não há atualizações sobre o projeto de expansão”, limitou a empresa a informar, quatro meses após parar as obras que são de grande importância para o futuro econômico do município.
A ArcelorMittal Brasil anunciou em setembro do ano passado a paralisação das obras de expansão da Usina de João Monlevade, a princípio, de forma temporária. A decisão não afetou a mão de obra e a produção local.
Paralisação
Na nota que divulgou a paralisação a empresa afirmou que “frente ao cenário macroeconômico e às oportunidades de mercado, a ArcelorMittal Brasil vem revisando seu plano de investimentos e decidiu, por ora, paralisar as obras do projeto de expansão da Unidade de Monlevade. Como em todo projeto desse porte, a empresa acompanha o cenário macroeconômico e do setor siderúrgico no país, impactado pelo aumento das importações, e o crescimento da demanda por aço tem sido inferior ao previsto”.
Conforme anunciado no início das obras, a Usina de Monlevade receberia R$2,5 bilhões em investimentos. Além disso, após a expansão concluída, seriam gerados 1 mil empregos diretos.
As obras seriam para a implantação de uma nova sinterização, construção de um novo alto-forno, duplicação da aciaria, além da ampliação dos sistemas logísticos de recepção de matérias-primas e expedição. A produção da usina é destinada tanto ao mercado interno, quanto ao externo.
Ainda na nota, ArcelorMittal afirmou que continua a acreditar no país e reafirmou a importância da unidade de Monlevade para o negócio da empresa no Brasil e o seu papel de destaque, decorrente da produção de fio-máquina para aplicações especiais, sendo a única planta industrial no país a produzir steel cord voltado para o mercado automobilístico.
Laminador 3 concluído
O Laminador 3, que integra o projeto, foi concluído e está operando desde 2022, tendo atingido a marca de 1 milhão de toneladas produzidas desde o início da sua operação. “O novo laminador duplicou a capacidade de produção de laminados da unidade e está em linha com a estratégia da empresa de ampliar a produção de produtos de alto valor agregado. Já as linhas de sinterização, alto-forno e aciaria serão paralisadas, e parte dos recursos será redirecionado para modernização da planta”, afirmou a siderúrgica quando interrompeu as obras.