Há tempos se fala da duplicação ou aumento da capacidade de produção da Usina de Monlevade. Mais precisamente, em 30 de novembro de 2007. É o que relembra o relatório de demonstrações financeiras da ArcelorMittal, publicado no fim do ano passado.
Ainda em 2007, a ArcelorMittal anunciou planos para expandir a capacidade da usina de João Monlevade aumentando sua capacidade atual de 1,2 para 2,2 milhões de toneladas. Naquela ocasião um protocolo de intenções entre ArcelorMittal Brasil S.A. e o Governo do Estado de Minas Gerais foi assinado. O objetivo formalizou um compromisso entre as partes.
Porém, em dezembro de 2011, diante das incertezas na situação econômica mundial, a ArcelorMittal decidiu adiar o Projeto de Expansão de Monlevade. Foi um balde de água fria na cidade e região, frustrando expectativas.
No entanto, passados dois anos, no segundo semestre de 2013, a ArcelorMittal Brasil retomou o projeto. Além disso, em 2015, concluiu a primeira fase, com a instalação da terceira linha de laminação de fio-máquina em Monlevade.
Agora, conforme o relatório, está em andamento, a segunda fase do projeto de expansão. Esta etapa compreende a montagem de novas instalações (já adquiridas) de sinterização, aciaria, lingotamento contínuo e um novo altoforno foi retomado, conforme protocolo assinado em 19 de novembro de 2021, com representantes do governo do Estado de Minas Gerais.

Investimentos

O investimento para a unidade de Monlevade foi revisado de US$500 milhões para US$800 milhões (cerca de R$4 bilhões) em função de mudanças relacionadas a mais automação, atualização de equipamentos, obras civis mais complexas e efeito da inflação. O prazo de conclusão do projeto foi atualizado e passou para o segundo semestre de 2026. Após as obras, a unidade terá sua capacidade de produção quase duplicada, passando do atual 1,2 milhão para 2,2 milhões de toneladas/ano de aço bruto.

Fotos: Bruno Guimarães