O Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) abriu nesse sábado (8) as portas de suas instalações para a imprensa. A presidente da instituição, Maria de Lourdes Nascimento, ofertou um café-da-manhã e falou sobre a atuação dos socorristas voluntários e as melhorias almejadas pelo grupo.

Maria de Lourdes ressalta que a chegada do Corpo de Bombeiros Militar, no fim de abril, ajudou muito o trabalho do Sevor. Ela repeliu as insinuações de que a força oficial competiria com os voluntários em protagonismo e em verbas. Segundo a presidente, a relação entre as duas instituições não é de concorrências, mas de cooperação.

Atuação

Nascido em novembro do ano 2000, o Sevor é muito conhecido por atender aos acidentes de trânsito, principalmente nas rodovias BR-381 e BR-262. No entanto, ele também auxilia em outros tipos de emergências médicas, como acidentes domésticos e de trabalho, infartos, derrames cerebrais, crises convulsivas, entre outros. Segundo Lourdes, são muito comuns as ocorrências de acidentes em casa envolvendo idosos. Em média, são entre 120 e 130 ocorrências mensais.

Atualmente, o Sevor possui 85 voluntários, dos quais cerca de 50 são operacionais, ou seja, atuam diretamente no atendimento às ocorrências. Para ser operacional, é preciso ter alguma formação na área da saúde, sendo, por exemplo, um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem ou um bombeiro civil. Nenhum dos integrantes recebe qualquer pagamento pelos serviços.

A cada seis meses, abre-se um processo seletivo de admissão de novos voluntários. Todos eles, antigos e novos, passam por treinamento constante para aprimorar o trabalho, como na segurança da cena, no atendimento à vítima e na biossegurança.

Renato Carvalho, ex-presidente do grupo voluntário, relata que o grupo está em aperfeiçoamento constante. Um exemplo é a busca pelo melhor tempo de resposta aos chamados, para que a ambulância chegue o mais rápido possível no local da ocorrência. Conforme Lourdes, um dos problemas enfrentados pelos socorristas é a idade avançada de suas ambulâncias. Elas já passaram por muitas reformas, o que eleva o seu custo de manutenção. Segundo ela, um veículo novo custa cerca de R$220 mil.

Centro de Treinamento

Desde 2019, o Sevor está sediado em um prédio na avenida Alberto Lima, no bairro Sion. Ao lado dela, o grupo está construindo um centro de treinamento, usando sacos de cimento doados pela comunidade. A obra está sendo realizada por voluntários, alguns que vieram do distrito de Conceição de Piracicaba, o popular “Jorge”, em Rio Piracicaba. Na manhã desse sábado, os voluntários estavam em plena ação, concretando o piso das novas instalações.

Doações

O Serviço Voluntário de Resgate é mantido por doações da comunidade. O grupo mantém a chave Pix [email protected] para receber qualquer valor. Quem preferir pode deixar já pagos nas farmácias da cidade produtos essenciais para o funcionamento da instituição, como material de limpeza ou insumos para atendimento a emergências médicas.