São Gonçalo do Rio Abaixo recebeu na última sexta-feira, uma equipe do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG) para uma visita à Estação Ambiental de Peti. Acompanhados pela equipe da Secretaria de Cultura e Turismo, Desenvolvimento Econômico e pelo prefeito Raimundo Nonato de Barcelos, o Nozinho (PDT), eles percorreram o local para alinhamento de estratégias para o tombamento estadual do local.

Conforme a administração, representaram o Iepha: o diretor de Memória e Patrimônio – Adriano Maximiano da Silva e da gerência de Impacto de Patrimônio Cultural – Breno Trindade da Silva e Sandra Pereira da Silva.

O grupo realizou o percurso das visitas agendadas como trilhas, Mirante, Capela, laboratório, Casa Principal e Usina Antiga, onde os membros do Instituto puderam comprovar as riquezas naturais e o potencial turístico, ambiental e educacional do Peti.

Peti

Considerado um dos maiores espaços naturais da região, em área de 513 hectares de fauna e flora, o local que pertencia à Cemig, ficou uma década fechado. Durante anos, a estação desenvolveu programas de combate de incêndio florestal, recuperação de matas nativas e ciliares, manejo criação e reintrodução de animais silvestres, trilha para deficientes visuais, educação ambiental para ensino fundamental e médio, apoio logístico à estudantes, convênio com a UFMG e PUC-MG e várias pesquisas ambientais.

Em 2022, a administração de São Gonçalo do Rio Abaixo e a Cemig assinaram um termo de cessão que transferiu a Estação Ambiental de Peti para o município. O objetivo é recuperar as ações de educação ambiental com uma ampla programação voltada para estudantes e também aberta à visitação da comunidade.

Histórico

A construção da Usina Hidrelétrica de Peti se deu no final do século XIX e início do século XX (1903), edificada pelos ingleses com o objetivo de alimentar a mina de ouro São Bento. O município de Santa Bárbara foi iluminado em 1912 e, em seguida, São Gonçalo (1928). Com o crescente desenvolvimento da região ampliou-se o parque energético de PETI, e ela foi adquirida em 1946 pela Companhia Força e Luz, ampliando sua produção energética. Em 1971 foi adquirida pela Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, sendo que em 1983 foi fundada a Unidade Ambiental Peti, com 678 ha de área inundada.