A Escola Estadual Marques Afonso, de São Domingos do Prata, divulgou nessa sexta-feira os resultados da investigação sobre a intoxicação alimentar coletiva em 18 de outubro. O colégio cita o relatório da Vigilância Epidemiológica do município, que indica que o surto foi provocado “pela contaminação ou contaminação cruzada entre o arroz e o salpicão”. Essa tese ganha força, diz o colégio, porque uma pessoa sem vínculos com a instituição também haver ficado doente.

Identificou-se o possível agente contaminante como a bactéria Staphylococcus coagulase. A investigação apontou para uma possível falha de higiene na manipulação dos alimentos, o que o tornou propício a provocar o adoecimento. A enterotoxina produzida pela bactéria é resistente às altas temperaturas. Somadas à falta de ventilação da cozinha, elas podem haver facilitado a síntese da toxina e acarretado o surto.

A investigação colheu amostras em um recipiente exclusivo para descarte. Isso afastou a hipótese de contaminação pelo contato com outros materiais infectados. Ela também encontrou a bactéria em restos de comida nos pratos usados naquele dia.

O comunicado diz ainda que a Secretaria de Estado de Educação visitará periodicamente a escola. O órgão ministrará treinamentos aos funcionários sobre o preparo e a conservação dos alimentos. O colégio deverá contar com um manual de boas práticas e procedimentos padronizados para os funcionários. O relatório ainda sugere a melhoria da ventilação e da refrigeração da cozinha.

Relembre

Em 18 de outubro do ano passado, mais de 100 pessoas passaram mal na escola. Ao menos 18 alunos precisaram de transporte por veículos e ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de São Domingos do Prata para o Hospital Nossa Senhora das Dores e para postos de saúde da cidade. As aulas ficaram interrompidas no resto do dia e no dia seguinte. Representantes da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Nova Era esteve no colégio no dia seguinte.

Através do comunicado, a Escola Estadual Marques Afonso agradeceu aos profissionais envolvidos no suporte aos doentes e na investigação, citando a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Saúde, o Hospital Nossa Senhora das Dores e as Unidades Básicas de Saúde.