Prefeito de Itabira conta com outros prefeitos da região na diretoria
A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) anunciou sua nacionalização e passa a se chamar, agora, Amig Brasil. Até dois anos atrás restrita a Minas Gerais, a AMIG‑Brasil agora reúne prefeitos de todo o país
A entidade é presidida pelo prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB) que tomou posse nesta terça-feira (8), durante a 59ª Assembleia Geral da entidade, realizada no Plenário 3 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Marco Antônio explicou que a mudança de nome vai além de uma atualização formal. “Agora somos uma associação com abrangência nacional e presença constante em Brasília para discutir os grandes temas ligados à mineração sustentável no país”, afirmou.
A diretoria da Amig Brasil tem também os prefeitos Nozinho (PDT), de São Gonçalo do Rio Abaixo e do presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi), o prefeito de Rio Piracicaba, Augusto Henrique da Silva (Cidadania).
Campanha
Durante a posse da nossa gestão, o presidente Marco Antônio Lage lançou uma campanha que denuncia uma possível sonegação de aproximadamente R$20 bilhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) por parte das mineradoras, o que tem trazido prejuízos para os municípios.
A iniciativa exige o pagamento dos royalties perdidos da mineração e a reestruturação imediata da Agência Nacional de Mineração (ANM). “É inadmissível que um setor responsável por 4% do PIB e 10% das exportações brasileiras funcione sem fiscalização à altura”, afirmou Marco à Rádio Itatiaia.
Além dessas reivindicações, a nova diretoria da Amig revisão do Código Mineral Brasileiro e o fortalecimento da fiscalização do setor. Segundo Lage, a ANM está em estado crítico. “A agência recebe apenas 1% da receita do setor e não consegue cumprir adequadamente seu papel regulador. Isso precisa ser revisto”, cobrou.
A partir de agora, a Amig Brasil se posiciona como protagonista no debate sobre a mineração em nível nacional, defendendo os interesses dos municípios diretamente impactados pela atividade mineral. Com atuação mais ativa em Brasília, a entidade quer pressionar por políticas públicas que corrijam distorções históricas e assegurem que a riqueza extraída do subsolo se transforme em bem-estar para as populações locais.