Em meio a rumores de paralisação das obras da Usina de Monlevade e do fechamento da Gerdau em Barão de Cocais, o setor siderúrgico anunciou R$ 100 bilhões em investimentos para o Brasil até 2028. O comunicado, no dia 20 de maio, foi feito em reunião de representantes do segmento, em reunião com o presidente Lula (PT), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O encontro ocorreu após o governo federal aumentar o imposto sobre aço importado.
Entre os presentes, o presidente da ArcelorMittal Brasil, grupo do qual faz parte a Usina de Monlevade, Jéfferson De Paula. “A decisão trouxe esperança para nossa indústria, como um primeiro passo para a redução da entrada desenfreada de importações no Brasil. Reafirmo a disposição da indústria do aço de se engajar no esforço de retomada do crescimento do país e de ser a base para iniciativas que desenvolvam nas áreas de infraestrutura, saneamento, moradia, transportes e energia”, disse Jefferson, que também é presidente do Instituto Aço Brasil.
Conforme o CEO, a entrada no Brasil de aço importado, sobretudo da China, era predatória e ameaçava investimentos e a manutenção de empregos do setor. A decisão do governo atende a uma demanda das siderúrgicas brasileiras.
Medida do governo
O que animou o setor foi a decisão do governo de elevar para 25% o imposto de importação de 11 produtos de aço a partir de amanhã (1º), ao longo de um ano. As tarifas, até hoje, variavam de 9% a 12%. Também foram definidas cotas de volume de importação. A medida torna o aço brasileiro mais competitivo.
Em linhas gerais, o governo quer estimular a compra do aço nacional, já que os chineses também dominam o mercado no Brasil. Medidas semelhantes também foram adotadas pelos Estados Unidos e União Europeia. Segundo a Associação de Siderúrgicas Brasileiras, no primeiro trimestre, as importações de aço subiram mais de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Agora, a expectativa é frear essa concorrência. (Com informações Agência Brasil)