A Câmara Municipal de João Monlevade retomou nessa quarta-feira (5) o seu calendário de reuniões ordinárias. Todos os vereadores compareceram e fizeram uso da tribuna em ao menos uma ocasião. Essa foi a primeira sessão em que participaram Alysson Barcelos (Avante), Carlinhos Bicalho (PP), Maria do Sagrado (PT), João Cassimiro, o Sassá Misericórdia (Cidadania), Sidney Bernabé (PL) e Zuza Veloso (Avante). Já Sinval Dias (PL) volta ao Legislativo após quatro anos de afastamento, iniciando seu sétimo mandato.
Antes do início dos trabalhos, todos os parlamentares tiveram o tradicional encontro semestral com o prefeito, Laércio Ribeiro (PT), e a vice-prefeita, Dorinha Machado (MDB).

O marido de Dorinha, o empresário e articulador político Elgen Machado, também esteve presente. Parte da reunião foi aberta à imprensa. Cada um dos vereadores expôs seus pontos de vista e a forma como lidará com a administração.

Boas-vindas

 

Segundo o prefeito Laércio, o momento foi uma oportunidade de dar as boas-vindas aos parlamentares e reforçar o compromisso da administração municipal com o diálogo e o trabalho conjunto. “Desejo um ano produtivo a todos os vereadores e reforço que nosso governo está sempre aberto ao diálogo”, destacou o prefeito.

A vice-prefeita Dorinha Machado endossou as palavras do chefe do Executivo e ressaltou sua disposição em contribuir ativamente com o desenvolvimento do município. “O trabalho em equipe é fundamental. Estamos aqui para somar esforços e garantir que nossa cidade continue avançando com políticas públicas eficientes e inclusivas”, afirmou.

 

Presidente destaca

 

O presidente da Câmara, Fernando Linhares (Podemos), agradeceu a presença do prefeito e da vice-prefeita e reforçou a importância da harmonia entre os poderes. “Embora Executivo e Legislativo sejam independentes, nosso compromisso maior é com o bem-estar da população. A parceria respeitosa entre os poderes fortalece a democracia e impulsiona o progresso da cidade”, afirmou.

Ao A Notícia, Linhares destacou que a Câmara é diferente da anterior e que espera um trabalho constante em prol dos monlevadenses, debatendo projetos e propostas com ética e respeito.

 

Pedido de vista

 

Na pauta de votação em primeiro turno, estava o projeto de lei nº 1.482/2024, de iniciativa do Executivo, que trata sobre o Distrito Industrial do Município de João Monlevade e prevê incentivos à instalação de indústrias e comércios. O vereador Belmar Diniz (PT) explicou que a matéria visa regularizar o Distrito que, segundo ele, já recebeu vários investimentos em infraestrutura como iluminação e asfaltamento. Com a regularização, Belmar disse que espera-se atrair mais empresas, gerando assim mais empregos na cidade.

Por sua vez, o vereador Sinval Dias pediu vista a matéria. Ele explicou que como o projeto foi apresentado no ano passado, ele não teve acesso ao texto completo do projeto. O vereador solicitou o prazo necessário para análise e votação tranquila da proposta.
Sinval Dias pediu vistas de sete dias para apreciar o único projeto em votação, que regulamentava o Distrito Industrial. Ao longo da reunião, dois temas dominaram os debates: a falta de água e o atendimento em saúde.

 

Água

 

Carlinhos Bicalho e Sassá Misericórdia lembraram que a primeira demanda que receberam em seus mandatos foi o abastecimento de água, principalmente nos bairros mais altos. Bicalho lembrou que a população de João Monlevade dobrou desde 1971, quando foi construída a atual estação de tratamento. O presidente da Câmara, Fernando Linhares, defendeu que o novo ponto de captação seja construído na bacia do rio Doce, não no Piracicaba, mas advertiu que o custo dessa obra seria muito elevado.

Saúde

 

O vereador Sidney Bernabé, que é médico, lembrou que, segundo dados da Secretaria de Saúde, as 17 equipes de saúde da família cobrem 80% do município. No entanto, questionou por que a demanda no Hospital Margarida permanece tão alta.

Alysson Barcelos retomou o conceito de que a Saúde funciona em rede, e que, ao contrário de outros serviços, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) não trabalha “de porta aberta”. Marquinho Dornelas (Republicanos) voltou a cobrar dos municípios vizinhos mais suporte financeiro ao Margarida, pois muitos deles usufruem de seus serviços com modestas contrapartidas. Por sua vez, Bruno Cabeção (Avante) apontou que há 1.313 pacientes aguardando por atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).