Um júri popular condenou na quarta-feira (24) o réu por um assassinato em São Gonçalo do Rio Abaixo. Cleyton Silva Tibúrcio recebeu pena de 14 anos de prisão pelo homicídio de Flávio Augusto de Paula, ocorrido em 7 de março do ano passado na “estrada das Pacas”.
O crime ocorreu por volta das 17h45. A Polícia Militar e o Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) estiveram no local, mas a vítima, então com 43 anos, já estava sem vida. Exames posteriores atestaram que Flávio fora alvejado com um tiro no tórax e outro na cabeça. No dia seguinte ao crime, policiais coletaram gravações de câmeras de segurança das redondezas.
A defesa do réu argumentou que a vítima seria homossexual e teria um perfil num aplicativo de relacionamentos entre homens. A acusação contestou, dizendo que a razão do assassinato seria um desacerto sobre o serviço de pedreiro de Cleyton contratado por Flávio. Conforme o A Notícia publicara em 17 de março de 2023, a vítima não teria ficado satisfeita com o resultado, os dois tiveram um desentendimento e a Polícia Militar chegou a ser chamada em uma ocasião.
A Polícia Civil prendeu Cleyton no dia 16 de março, e ainda realizou diligências nas casas de duas companheiras. As filmagens colhidas mostravam que Flávio caminhava pela estrada, como fazia duas vezes por semana. Uma motocicleta passava várias vezes pelo trecho, indo e voltando, como se o condutor esperasse o melhor momento para agir. Flávio não tinha antecedentes criminais, mas Cleyton já respondera a um inquérito por homicídio em 2020.
Outra notícia policial
Mulher é presa em Monlevade
A Polícia Militar prendeu uma mulher de 24 anos na noite dessa quarta-feira (24) pelo desvio de medicamentos de hospitais de João Monlevade e de Itabira. Por volta das 18 horas, policiais abordaram uma motocicleta que passava com dois ocupantes pela avenida Brasília, no bairro Baú. Com a mulher, estavam duas ampolas de dipirona, um frasco de Nosopril, cinco agulhas e uma seringa.
Questionada, ela afirmou que era técnica de enfermagem do Hospital Margarida, ao qual pertenceriam os materiais, e que ela os esquecera no bolso. No entanto, ela logo admitiu que se apossara dos produtos e que havia mais deles em sua casa, desviados do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira.
A técnica de enfermagem afirmou que se apoderava dos medicamentos e insumos quando o paciente se recusava a recebê-los, tinha previsão de alta ou era liberado da casa de saúde, mesmo com ordem médica para ministração. Ela disse que não aplicava os remédios, mas os levava para casa, embora não tenha esclarecido que destinação dava a eles.
Por conta disso, ela foi presa e encaminhada com os materiais desviados para a Delegacia de Polícia Civil. Ela responderá pelos crimes de peculato e furto. Na manhã desta quinta-feira (25), o Hospital Margarida confirmou que ela trabalhava ali como técnica de enfermagem, que encaminhará o caso ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e tomará as medidas cabíveis pela legislação trabalhista.