O Tribunal do Júri condenou nesta terça-feira (13) um réu a 74 anos e meio de reclusão por um ataque a tiros cometido em Itabira.

O réu respondeu por um crime de homicídio consumado, seis tentativas de homicídio, receptação de veículo usado no crime e associação criminosa majorada.

Relembre

O crime ocorreu no dia 11 de abril de 2023 no bairro Nova Vista. Na ocasião, um automóvel Renault Duster branco furtado serviu para que os bandidos disparassem várias vezes contra as vítimas, matando uma delas e ferindo as demais.

O atentado teria sido motivado pela disputa entre organizações criminosas em Itabira, mas as investigações demonstraram que seis das vítimas não tinham qualquer vínculo com atividades ilícitas ou com os responsáveis pelo tiroteio.

O homem assassinado tinha se mudado para a cidade um pouco antes do crime, para cuidar de uma tia idosa.

Quando os investigadores da Polícia Civil chegaram à cena do atentado, encontraram um cenário classificado como “de guerra”, com muito sangue espalhado, dezenas de cápsulas de munição, de vários calibres, espalhadas pela rua, e perfurações de tiros no chão, nos muros e nos automóveis.

Na ocasião, a perícia recolheu 22 estojos de calibre 9 milímetros Luger, 11 estojos de calibre .380 e sete projéteis de arma de fogo, sendo quatro de calibre 9 milímetros, um de calibre .380 e dois cujo calibre não pôde ser identificado.

Conforme o A Notícia informou à época, a vítima fatal, identificada como Rui Jorge da Conceição, tinha 55 anos. No momento do atentado, os marginais chegaram na Renault Duster, gritando “mata todo mundo” e disparando a esmo. As investigações da época apontavam que o ataque seria uma represália à invasão de uma festa de aniversário no bairro Pedreira, que terminou com uma pessoa assassinada e outros sete atingidos. Nesse caso, a Polícia Civil prendeu o acusado de ser o atirador na Operação Ares.

Prisão

A Polícia Civil conseguiu identificar e prender os investigados. O primeiro réu foi julgado e condenado a 62 anos e dois meses de reclusão, enquanto o segundo recebeu uma sentença de 83 anos, dois meses e 15 dias de reclusão, a mais pesada pena já aplicada pela Justiça de Itabira. Ainda falta realizar o julgamento do último acusado.