A Polícia Civil mantém as investigações sobre o caso do homem encontrado morto dentro de uma mala na quinta-feira da semana passada (27) num matagal no bairro Palmares, em João Monlevade. A corporação já colheu material genético do cadáver, e busca pela identificação da vítima.
Ainda na quinta-feira (27), o delegado Raphael Machado e sua equipe estiveram com a perícia criminal e a Polícia Militar no local em que o corpo foi encontrado, no fim da rua José de Alencar. Ainda naquele dia e ao longo da noite e da madrugada, equipes das polícias Civil e Militar empreenderam diligências, identificando três suspeitos.
A Polícia Civil solicitou e executou as prisões preventivas de dois deles, concedidas pela Justiça. Eles são dois homens, um de 34 anos e outro de 39, este já preso desde o dia 26 de fevereiro por tráfico de drogas. Uma mulher, de 36 anos, chegou a ser detida, sendo ouvida e liberada.
Conforme a Polícia Civil, o corpo foi encontrado numa área na qual a apreensão de drogas é recorrente. Há suspeitas de que o crime esteja relacionado a quadrilhas de tráfico. Outra hipótese é que o homicídio tenha ocorrido em outro local e o corpo apenas tenha sido desovado no matagal, uma vez que ele fica próximo à BR-381. As apurações indicam que o assassinato tenha ocorrido de quatro a sete dias antes do encontro do cadáver.
Segundo a Polícia Militar, a vítima tinha cabelo curto e barba no queixo, trajando uma camisa preta e uma cueca da mesma cor, de tipo boxer. Quando o corpo foi encontrado, constatou-se que ele tinha uma deformação na face e um corte profundo no pescoço. Após os trabalhos da perícia na cena, o corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) para outras verificações.
Estrela Dalva
Em outro caso, a Polícia Civil prendeu na sexta-feira (28) um suspeito de envolvimento num assassinato ocorrido no dia 6 de fevereiro no bairro Estrela Dalva, em João Monlevade. A corporação cumpriu um mandado de prisão temporária por 30 dias, expedido pela Justiça após uma representação da PC.
Segundo a Polícia, a vítima, de 35 anos, foi executada a tiros por volta do meio-dia, na rua Libra. Menos de 24h após o crime, a polícia prendeu a ex-namorada do homem, de 20 anos, e recolheu celulares para a perícia. A mulher foi conduzida, ouvida e liberada. Uma das hipóteses estudadas é que a divulgação de um vídeo do casal tenha sido a motivação para o crime.
Os dois casos, os únicos de execução em João Monlevade em 2025, estão em fase avançada de investigação, e em ambos há suspeitos presos.