A Polícia Militar prendeu na madrugada desta sexta-feira (6) em Nova Era dois homens, de 21 e 22 anos, pelo assassinato de uma mulher. O corpo da vítima, parcialmente carbonizado, foi localizado nas imediações da “Ponte Torta”, em João Monlevade. O tenente Robson, comandante da Polícia Militar em Nova Era, explicou como os fatos se desenrolaram em entrevista coletiva realizada nesta tarde na sede da 17ª Companhia Independente, em João Monlevade.
A ocorrência começou por volta da 1 hora desta sexta-feira, quando policiais notaram dois homens em atitude suspeita próximos a um posto de combustíveis no bairro Capelinha, em Nova Era. Um deles estava próximo a um carro, enquanto o outro atravessou a rodovia para encher um galão com o líquido inflamável. Os militares os abordaram, e aquele que estava no carro logo foi detido, enquanto o outro tentou fugir em direção à ferrovia.
No assoalho do veículo, os agentes apreenderam uma submetralhadora 9 milímetros, de fabricação caseira, com seis cartuchos intactos. Logo, os policiais conseguiram prender no bairro da Baixada do Pimenta o suspeito que tentou escapar. Dentro do porta-malas, havia marcas de sangue e fios de cabelo, o que fez os militares descobrirem o homicídio.
Eles ainda descobriram que o automóvel pertencia a uma mulher de 44 anos, residente em João Monlevade. Os policiais verificaram a sua situação, descobrindo que ela estava desaparecida desde a noite anterior, e que seus familiares já estavam prestes a prestar queixa sobre a sua ausência. Conforme apurado pela equipe, ela saiu da casa de uma amiga por volta das 22 horas, não sendo mais encontrada.
Os militares prosseguiram com as diligências, e por volta das 13 horas, encontraram o corpo da mulher, parcialmente carbonizado, debaixo da “ponte Torta” da BR-381. Durante a conversa, os detidos confessaram o crime e admitiram que compraram o combustível para incendiar o Volkswagen Gol da vítima, que residia em João Monlevade, para destruir evidências. O assassinato teria sido motivado por uma suposta ameaça feita pela mulher contra um deles. Após a matarem, puseram seu corpo no porta-malas e dirigiram até o local, onde o queimaram.
Os dois detidos, oriundos de Governador Valadares, já possuem histórico policial. Um deles residia em João Monlevade, mas não quis especificar há quanto tempo. A linha de investigação é que os dois presos tenham matado a mulher, jogado seu corpo na área próxima à “ponte Torta” e fugido usando o automóvel da vítima, com o intento de incendiá-lo, o que foi impedido pela ação policial.
A Polícia Militar apurou que a mulher tinha algum tipo de vínculo com os dois presos, que ainda será esclarecido, pois os detidos não quiseram especificar qual era essa relação. Ela trabalhava como revendedora de diversos produtos.
A Perícia Técnica da Polícia Civil esteve no local para os trabalhos habituais. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), para passar por exames mais minuciosos, que esclarecerão as circunstâncias do crime. Os presos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para as providências habituais. Eles responderão pelos crimes de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e resistência, e o fato de terem tentado destruir o corpo da vítima é considerado um agravante. O carro foi encaminhado ao pátio credenciado. A identidade da mulher assassinada não foi revelada.