O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) recebeu na tarde desta quarta-feira (4), as propostas de empresas interessadas em realizar as obras na BR-381, no conhecido gargalo da saída e chegada a Belo Horizonte. O ponto do lote 8B é considerado crítico devido aos contantes engarrafamentos e lentidão, tanto para quem vai de Monlevade para Belo Horizonte  quanto para quem vem da capital para João Monlevade.

Para atrair interessados, o governo federal dividiu essa parte da rodovia em dois lotes, sendo o 8A, entre Caeté e Ravena, e o 8B, entre Ravena e BH. Este segundo é o objeto das propostas enviadas ao Dnit. Seis empresas participaram do leilão, orçado em de R$521,5 milhões.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) recebeu as propostas no começo desta tarde e inicia a fase de análise dos documentos para averiguar as condições apresentadas. Além disso, a equipe técnica do governo federal vai avaliar se as condições apresentadas são exequíveis pela empreiteira.

Conforme apurado, a empresa Construtora Luiz Costa, do Rio Grande do Norte, apresentou o menor valor, de R$509.994.884,83. Ela já é vencedora do Lote 8 A e conhece o trecho, o que é considerado positivo pelo Movimento BR-381, coordenado pelo monlevadense Clésio Gonçalves.

Ponto complicado

O lote 8B é considerado um dos mais complicados da BR-381 para a realização das obras. Isso, porque a região recebe o trânsito da Região Metropolitana de Belo Horizonte e é marcado por um terreno acidentado e riscos geológicos. Além disso, no local que estão a maior parte das cerca de duas mil famílias que vivem às margens da estrada. As residências precisam ser demolidas e seus habitantes realocados para a realização das intervenções de duplicação da via. A empreiteira que vencer o processo licitatório terá três anos e meio para finalizar as obras, conforme o edital.