Por Beth Moreira
São Paulo, 25 – A Vale informou na noite da segunda-feira, 24, que não recebeu notificação pelo poder judiciário a respeito da ação judicial movida pelos Ministérios Públicos Federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo contra a empresa, BHP e Samarco com pedido de indenização de R$ 3,6 bilhões por danos morais coletivos.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que irá apresentar seus argumentos ao juízo competente em momento oportuno. A Vale reitera que o processo de reparação de danos decorrentes da barragem de Fundão, em 2015, é de responsabildiade da Fundação Renova. Além disso, segue em linha com os compromissos firmados pelas companhias junto às autoridades brasileiras. “Com Samarco, BHP, instituições de justiça e representantes do poder público, a companhia segue comprometida com as negociações por um acordo de caráter definitivo, que garanta reparação justa e integral às pessoas afetadas e ao meio ambiente”, afirma a mineradora.
Região
Na região, os municípios Sem-Peixe, São Domingos do Prata, São José do Goiabal e Dionísio estão entre os prejudicados pela lama e aguardam a reparação. Inclusive, os atingidos pelo desastre têm se organizado em várias instâncias, tanto em comissões e fóruns quanto em movimentos sociais. “Quanto mais o tempo passa, mais a injustiça permanece”, já disse o presidente do Consórcio Público para Defesa e Revitalização do Rio Doce, o prefeito de São José do Goiabal, José Roberto Gariff Guimarães, o Beto (PSD).
Ao lado de outros chefes do Executivo, Beto, cobra medidas do Governo Federal. A luta dos municípios é para o reassentamento e garantia de reparação justa dos danos morais, materiais e imateriais que sofreram com a tragédia ambiental.