O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que não concorrerá à reeleição ao cargo. A decisão, publicada nas redes sociais, veio após dias de pressão de filiados e apoiadores do Partido Democrata. Ele declarou que apoiará a atual vice-presidente, Kamala Harris, sua companheira de partido. O candidato democrata será oficializado na convenção do partido, que ocorre entre os dias 19 e 22 de agosto.
As explicações para a desistência estão em sucessivas gafes registradas nos últimos dias. Uma das maiores ocorreu em 27 de junho, quando Biden participou de um debate televisionado contra seu principal opositor, o republicano Donald Trump. Muitos políticos e analistas consideraram o desempenho do atual presidente como muito fraco, com problemas de dicção e pensamento lento e falho. Por outro lado, seu rival exibia uma performance muito superior, com falas ágeis e assertivas.
Há duas semanas, Biden confundiu-se durante um evento e anunciou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, como “presidente Putin”, referindo-se ao ditador russo que iniciou a guerra contra a nação ucraniana. O atentado contra Donald Trump fortaleceu o republicano, contrastando a sua postura vigorosa com a imagem enfraquecida e envelhecida do atual presidente.
Joseph Robinette Biden Jr., de 81 anos, assumiu o governo dos Estados Unidos em janeiro de 2021, sendo o presidente mais idoso da História americana. Antes, ele fora senador pelo Delaware entre 1973 e 2009, e vice-presidente entre 2009 e 2017, durante os dois mandatos de Barack Obama. Seu governo foi marcado pelas conseqüências da pandemia de Covid-19, com as mortes e o aumento da inflação, o incentivo a pautas diversitárias, os acordos ambientais, a retirada atabalhoada das tropas americanas do Afeganistão, as guerras na Ucrânia e na Terra Santa e uma profunda divisão na sociedade americana. O atual mandato termina em 20 de janeiro de 2025, quando o próximo mandatário toma posse no Capitólio.