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23 de Julho de 2021
Voluntários querem ajudar venezuelanos a chegar a Monlevade
Divulgação
José Antônio, Eliagnis Teresa e as filhas querem ter a oportunidade de morar em Monlevade

Um grupo de voluntários organiza uma campanha para trazer uma família venezuelana para João Monlevade. Os “Trabalhadores do Bem” querem trazer ao município a família Carvajal, que, atualmente, reside na cidade paulista de Nova Odessa e enfrenta dificuldades financeiras. Por conta disso, eles arrecadam fundos para pagar a mudança da família, para que ela possa estabelecer-se em Monlevade e aqui reerguer sua vida. 
Uma das líderes dos Trabalhadores do Bem, Maria das Graças, conta que o grupo recebeu uma carta dos Carvajal através de outros venezuelanos que já residem em João Monlevade. Segundo ela, a família, composta por um casal e duas filhas, de um e três anos, mora no Brasil há cerca de dois anos e vive das confecções produzidas por conta própria, com suas máquinas de costura. No entanto, relata Maria, eles recebem R$7,00 por cada peça produzida: “Muitas vezes, ao fim do dia, eles têm apenas R$14,00 ou R$21,00. Eles precisam de ajuda”. 
Por conta disso, os “Trabalhadores do Bem” decidiram ajudá-los a vir para João Monlevade. No entanto, o grupo precisa de fundos para pagar o transporte dos venezuelanos e dos seus bens: o frete mais barato que conseguiram foi de R$2,4 mil. Os monlevadenses podem ajudar a vinda da família através da chave PIX ([email protected]). 
 Após a chegada, os voluntários pretendem alocar os Carvajal em um imóvel onde possam morar e trabalhar no mesmo espaço, dispensando a necessidade de dois aluguéis. Maria das Graças não esconde sua admiração pelos refugiados venezuelanos que conhece: “Eles não querem esmola, mas apenas uma oportunidade para recomeçarem suas vidas pelas próprias pernas. Não reclamam de nada, são gratos por tudo e amam muito o nosso país”. Em 2019, o A Notícia contou a história da família Rondón, que deixou a Venezuela e se estabeleceu em João Monlevade, fugindo da crise que assolou o seu país. 

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