O setor de serviços teve uma queda de 0,3% em setembro, em comparação com o mês anterior. Esse foi o segundo mês consecutivo de retração, acumulando uma perda de 1,6% e eliminando parte do ganho de 2,2% obtido de maio a julho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da queda, o setor de serviços ainda está 10,8% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Entretanto, está 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em dezembro de 2022. No acumulado do ano, o volume de serviços teve alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2022. E nos últimos 12 meses, o percentual é de 4,4%.
Nesse cenário, o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares teve queda de 1,1%, devido à menor receita vinda das atividades jurídicas, de limpeza e de serviços de engenharia. Da mesma forma, a atividade de informação e comunicação recuou 0,7% devido à pressão do setor de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI.
No entanto, o setor de serviços prestados às famílias avançou 3%, recuperando parte da queda de agosto, de 3,7%. Além disso, o setor de outros serviços também teve alta de 0,8%.
Regionalmente, 17 das 27 unidades da Federação registraram queda no volume de serviços em setembro, com São Paulo representando o impacto negativo mais importante.
Em relação ao resultado de setembro de 2022, o volume de serviços apresentou queda de 1,2%, interrompendo a sequência de 2 anos e 6 meses de taxas positivas. No acumulado do ano até setembro, 25 das 27 unidades da Federação apresentaram alta do volume de serviços, com destaque para Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
Segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços investiga a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluindo as áreas de saúde e educação. A próxima pesquisa será divulgada no dia 13 de dezembro.