O contrato de concessão da BR-381 será assinado na próxima segunda-feira (20). A empresa 4UM (antiga J. Malucelli), que usará o nome de Nova 381, assume a gestão da rodovia no próximo dia 6 de fevereiro. A informação é do coordenador do movimento Pró-Vidas na BR-381, Clésio Gonçalves. A nova concessionária gerirá a rodovia entre Caeté e Governador Valadares durante 30 anos.

Informações extra-oficiais dão conta de que a assinatura do contrato ocorrerá de forma eletrônica, sem uma cerimônia. No dia 6, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura (DNIT) entrega formalmente a responsabilidade pela manutenção e gestão da BR-381 à concessionária num ato em Ipatinga. Entre os presentes, estará o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O valor do contrato é de R$9,34 bilhões, e a Nova 381 terá oito anos para duplicar os cerca de 277 quilômetros entre Caeté e Governador Valadares. A concessão da parte entre BH e Governador Valadares prevê duplicação, recuperação e correção de problemas de segurança e sinalização, implantação de faixas adicionais, pagamento automático de pedágio por meio de TAGs e prestação de serviço de socorro ao usuário.

Ao longo desse trecho, estão previstas cinco praças de pedágio, em Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares. Todavia, a cobrança somente pode ocorrer a partir de 20 de janeiro de 2026.

Relembre

O processo de duplicação da BR-381 foi autorizado em 2013, ainda no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), com a obra começando no ano seguinte. No entanto, os serviços encontraram inúmeros entraves, e boa parte das empresas contratadas para a obra desistiu do serviço, que até hoje possui muitos trechos por fazer. Houve tentativas de conceder a rodovia à iniciativa privada, tnato pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nos pirmeiros anos da gestão de Lula (PT). Em três leilões,  nenhum deles teve qualquer interessado em assumir as obras.

Em 2024, para tornar o edital mais atrativo, o governo Lula optou por cindir o trecho entre Caeté e Belo Horizonte do restante da concessão. Isso, porque a área tem elevado risco geológico, e abriga mais de 2 mil famílias que vivem às margens da pista, a maioria em casebres precários, o que afugentava potenciais concessionários. É necessário realocar essas pessoas para outros locais. Assim, o governo através do DNIT, decidiu assumir para si a responsabilidade de duplicar os cerca de 27 quilômetros dessa faixa, e somente após a obra estar pronta entregá-la à empresa administradora. Com isso, apareceram empresas interessadas e o certame elegeu a melhor proposta.