A Fundação Casa de Cultura de João Monlevade inicia nesta segunda-feira (10), uma série de oficinas dentro do Festival Baobá, dedicado à celebração da cultura de matriz africana. Conforme a entidade, as oficinas são de capoeira, linguagem textual, rítmica e corporal, além de dança afro-brasileira. Todas são gratuitas e ainda há vagas para os interessados.
Danças Afro-Brasileiras
De hoje (10) até quinta-feira (13) , acontece a oficina Danças Afro-brasileiras. A proposta é divulgar a interligação da dança afro com o debate de valorização da herança africana Brasil, conectada aos movimentos artísticos.
Serão quatro aulas ministradas pelo dançarino Evandro Passos, das 18h30 às 21h, na Fundação Casa de Cultura. Natural de Diamantina, Passos mudou-se para Belo Horizonte aos 16 anos e desde então se dedica à dança afro. Na década de 1980, fundou sua própria companhia, a Bataka. Atualmente, está em fase final de doutorado na Universidade Federal da Bahia.
Para participar dessa atividade, é preciso ter mais de 14 anos e fazer a inscrição pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/oficina-dancas-afro-brasileiras/2496240
Capoeira angola
Em um único dia, 13, é a vez de Capoeira Angola: Ritmo, corpo, movimento, com mestre João Angoleiro. Depois de se iniciar na capoeira com João Dunga, em BH, ainda nos anos 1970, ele entrou para o universo da modalidade Angola, com estudos no Rio de Janeiro e Bahia. Mais tarde, Angoleiro estudou dança africana com o senegalês Mamour-Ba. Fundou, em 1993, o grupo “Eu sou angoleiro”, dedicado à prática, pesquisa e divulgação da capoeira Angola.
Inscrições para essa oficina, que tem duas horas de duração, das 18h às 20h, é pelo link https://www.sympla.com.br/capoeira-angola-ritmo-canto-e-movimento__2497259
Linguagens
Já na próxima semana, nos dias 19 e 20, o artista Babilak Bah reforça a importância da literatura e ritmos afro, desenvolvendo o potencial criativo e ampliando o pensamento crítico dos participantes, na oficina Laboratório de Linguagem: ritmo, corpo, palavra.
Babilak Bah é poeta, percussionista, “artista do ruído”, compositor, arranjador e pesquisador. Iniciou sua trajetória artística com o teatro de rua em 1985. Já participou de vários cursos e workshops com artistas de renome como Nana Vasconcelos, Doudou Rose, Hermeto Pascoal e grupo Uakti.
Na música, como artista solo, Bah acumula os discos “Enxadário – Orquestra de enxadas” (2006) e “Biografia dos homens inquietos” (2011) e o DVD “Afroprogressivo” (2014). Na poesia, é autor das obras “Voomiragem” (2002), “Corpoletrado” (2012) , “Diáspora descontente” (2021) e “Uma clínica de instantes inusitados” (2023), livro em que registra seu trabalho com arte educação.
Bah irá ministrar uma oficina nos dias 17 e 18, restrita a alunos da Escola Estadual Manoel Loureiro. Já nos dias 19 e 20, das 18h às 20h, será aberta a todos os interessados a partir de 16 anos. Inscrições pelo endereço eletrônico https://www.sympla.com.br/capoeira-angola-ritmo-canto-e-movimento__2497259