Uma lutadora monlevadense de 11 anos conquistou o terceiro lugar em uma competição de jiu-jitsu no último sábado (9). Aluna da Clandestino BJJ, Maria Fernanda “Nanda” Souza Machado conquistou o bronze no Campeonato Sul-Americano de Jiu-Jitsu, realizado no Rio de Janeiro.

Maria Fernanda exibiu uma técnica considerada refinada, vencendo sua primeira luta. Mesmo com uma derrota na segunda, ela conseguiu subir ao pódio. A academia freqüentada pela monlevadense comemorou a conquista: “A ClanBJJ celebra com entusiasmo o desempenho de Nanda, reforçando seu compromisso com a formação de atletas excepcionais. Maria Fernanda não só brilha nos tatames, mas também serve como inspiração para outras crianças. Enfrentando novos desafios ao longo do ano, Maria Fernanda contará com o apoio essencial de todos”.

 

HISTÓRIA DO JIU-JITSU

O Jiu-Jitsu é um método de autodefesa envolvendo todos fundamentos possíveis de uma luta corporal associado a um esporte dinâmico com objetivos estratégicos progressivos, onde o principal é finalizar o combate com técnicas de controle aplicando força a uma articulação ou num estrangulamento. A técnica é enfatizada sobre a força dando sentido ao nome da arte marcial que em português significa arte suave.
O Jiu-Jitsu chegou ao Brasil no início do século 20 através de japoneses que transmitiram seus conhecimentos a brasileiros que desenvolveram uma cultura esportiva inovadora e envolvente. Sua evolução foi um produto direto da contribuição de muitas famílias que se dedicaram ao esporte, integrando valores culturais brasileiros, estilo de vida saudável e determinação para comprovar a superioridade do Jiu-Jitsu como arte marcial.
Em 25 de abril de 1967, a Federação de Jiu-Jitsu da Guanabara foi fundada no Rio de Janeiro, Brasil. A federação foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Desportos tendo cinco escolas fundadoras lideradas por Hélio Gracie (foto), Álvaro Barreto, João Alberto Barreto, Hélcio Leal Binda e Oswaldo Fadda. O presidente da federação era Hélio Gracie, o presidente do conselho consultivo era Carlos Gracie, o diretor do departamento técnico era Carlson Gracie, o primeiro vice-técnico era Oswaldo Faddda, o segundo vice-técnico era Orlando Barradas, o diretor de educação foi João Alberto Barreto e o vice-diretor foi Robson Gracie. Hoje, esses indivíduos são reconhecidos como grandes mestres da arte.
Presidido por Hélio Gracie, a fundação da Federação Guanabara de Jiu-Jitsu foi o primeiro passo para tornar o Jiu-Jitsu um esporte e não apenas em uma forma de autodefesa ou arte de luta de rua. A arte do jiu-jitsu passou a ter estrutura e organização, evidenciadas na implantação de um sistema de faixas, divisões etárias, tempo de competição, pontos e técnicas legais.
Em junho de 1973, o Jiu Jitsu foi legalmente reconhecido como esporte do Brasil e em dezembro de 1973 a Federação Guanabara de Jiu-Jitsu organizou seu primeiro campeonato, o “1º Torneio Oficial de Jiu-Jitsu do Brasil”, no Rio de Janeiro na Associação Atlética Banco do Brasil. Este evento marcou o início de uma nova era do Jiu-Jitsu como esporte.
Após a implementação do Jiu-Jitsu como esporte e seu rápido crescimento em todo o Brasil, nos anos 80 o Jiu-Jitsu começou a se expandir e se desenvolver internacionalmente. Como resultado de todos os fundadores, professores, representantes e participantes do esporte serem brasileiros na época, o nome Jiu-Jitsu Brasileiro foi adotado.
Em 2010, o Jiu-Jitsu ou o Brazilian Jiu-Jitsu era um esporte praticado e reconhecido mundialmente, mas faltava uma federação estabelecida que atendesse aos requisitos do COI ou que fosse reconhecida como um órgão internacional único para o esporte. Com isso em mente e o principal fator motivador, um grupo de professores de Jiu-Jitsu e organizadores de torneios pensaram que era hora de investir e se dedicar à unificação e crescimento do esporte e de sua comunidade, fundando assim a Sport Jiu-Jitsu International Federation.