A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, por meio da Secretaria de Saúde realiza neste mês, diversas atividades alusivas ao “Outubro Rosa”. As ações nas Unidades de Saúde acontecem durante todo o mês, com orientações aos usuários sobre a importância do autocuidado e informações sobre a doença.

No próximo sábado (19), a partir das 8h30, a Saúde estará na Praça Central com distribuição de folders com orientações, brindes e abordagem sobre o tema com profissional da medicina. Conforme a Prefeitura, também haverá serviços de auriculoterapia e aromaterapia, terapias complementares que apoiam a saúde mental no município.  Ainda está na programação, uma aula de ritbox com educador físico.

Saiba mais sobre o Outubro Rosa:

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o Outubro Rosa é um momento de mobilização social para reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Essa campanha vem sendo considerada uma oportunidade para ampliar a abordagem da saúde da mulher e a prevenção do câncer, de forma mais ampla, incluindo também o câncer do colo do útero.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade por essa neoplasia. A população deve ser informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua saúde.

A prevenção consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas à redução do risco de  câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

É importante saber reconhecer os sinais e sintomas do câncer de mama, bem como organizar a rede de atenção à saúde. Isso garante o acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento da doença. A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico. Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos.

Sintomas

É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama:

  • caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
  • pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
  • Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.

O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano). Especialmente, o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. A maior parte dos casos regride espontaneamente. Porém, quando isso não ocorre, pode haver  o desenvolvimento de lesões precursoras. Essas, se identificadas e tratadas adequadamente,  previnem a progressão da doença.

Porém, a principal forma de previnir  é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.

A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos. Também estão incluídas as pessoas, nessa faixa etária, que foram vítimas de violência sexual. Isso, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV. Também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR). A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.