Um dos problemas visíveis e críticos de João Monlevade é a falta de estacionamento rotativo. Ontem (24), completaram-se 17 meses desde que o contrato entre o município e a empresa T. I. Mob foi encerrado. Desde então, não há mais controle de tempo para o estacionamento em Monlevade.
Na região comercial de Carneirinhos, o problema é latente. É praticamente impossível conseguir achar uma vaga. Além disso, sem rotativo, as avenidas se transformaram em estacionamentos permanentes. O motorista pode usar do espaço quanto tempo quiser, sem qualquer restrição (quando obtém a proeza de encontrar uma vaga).
Com isso, o consumidor é desestimulado a comprar no comércio local, pois não tem onde deixar seu automóvel. Isso é péssimo para a população, já que, desde muito cedo e até muito tarde, as avenidas estão tomadas por veículos parados.
O governo Laércio Ribeiro (PT), ainda em mandato e reeleito a partir de 2025, não pode “estacionar” em cima da questão. A falta de rotativo é um problema que agrava o trânsito de Monlevade na região central. Chega de “empurrar com a barriga”, de fingir que o problema não existe, pois é preciso resolvê-lo desde já.
Monlevade é polo regional e recebe pessoas de todas as cidades da região. Mas não há vagas. A cidade tem um comércio forte variado, mas não há vagas. Lojistas querem e precisam vender mais, mas não há vagas para os clientes. A falta da rotatividade de vagas é uma falta de oportunidades.
A situação é impopular, é verdade. Ninguém quer tirar dinheiro do bolso para estacionar numa vaga pública, com o automóvel exposto às intempéries e com risco de furto ou danos. Ainda mais depois que quase todos se acostumaram com a falta de cobrança. No entanto, uma solução faz-se necessária o quanto antes. E, para resolver a demanda, não adianta implantar um sistema complexo e que não funciona. É preciso racionalidade, planejamento e visão de futuro. Do jeito que está, não dá para continuar.