Professores da Universidade do Estado de Minas (UEMG), inclusive, a unidade de João Monlevade, estão em greve por tempo indeterminado. O objetivo é lutar por melhores condições de salários e qualidade da educação. Pode parecer que, a princípio, esse seja um problema que não afeta a comunidade. Ledo engano.
A Uemg só se instalou aqui, por esforços do próprio município e de lideranças políticas da cidade. Ou seja, a Prefeitura tem sua parte de responsabilidade em ajudar a resolver a questão. Mesmo que indiretamente, o governo municipal deve ajudar a resolver esse impasse entre os professores e o governo do estado.
Ademais, o deputado Tito Torres (PSD), que é filho da cidade e da base governista na Assembleia, poderia intervir. Já que o pai dele, o ex-deputado Mauri Torres, à época, foi um dos pivôs para a instalação da universidade. Diga-se de passagem, celebrada e usada por muito tempo como vantagem política.
O Médio Piracicaba tem como pilares a mineração e a siderurgia, justamente, o foco dos cursos da unidade da Uemg Monlevade que, ao longo de 18 anos de história, formou inúmeros engenheiros para o mercado. Inclusive, para empresas da região. Ironicamente, enquanto essas siderúrgicas e mineradoras expandem seus negócios bilionários, a unidade que forma os profissionais, precisa de muito mais atenção.