Janela
Abriu-se ontem (7) a tão aguardada janela de transferência partidária para os vereadores em exercício. Até o dia 5 de abril, eles podem trocar de legenda sem perder seus mandatos. Em particular no grupo governista, os chefes dos partidos montam cuidadosamente suas listas de quem vai para qual sigla, de modo a montar as chapas mais fortes e conquistar mais cadeiras. Um interessante e delicado quebra-cabeças.
Conta outra
O momento é dos candidatos e políticos avaliarem as estratégias para escolher as legendas que tenham votos suficientes para dar condições de vencer a disputa. A verdade é que a luta é pela eleição e sobrevivência política… Ou seja, cada um vai escolher a legenda onde há chances de vitória. E alguém ainda acredita que há identidade ideológica com o perfil de partidos? Conta outra!
Confiante
O vereador Marquinho Dornelas, atualmente no PDT, deve deixar a legenda e se filiar a outra que lhe dê condições de vitória nas eleições de outubro. Nos bastidores, ele demonstra confiança no trabalho e afirma estar tranquilo em relação à disputa deste ano. Em 2020, ele foi o 12º mais votado, com 424 votos. “Pode anotar que vou dobrar essa quantidade”, disse. Está anotado!
Direita
Foi realizado na última quarta-feira (6), o encontro municipal da Direita em João Monlevade. Os conservadores do município traçaram estratégias para as eleições de outubro, pensando até numa possível candidatura ao governo municipal. Mas uma pergunta: em Monlevade, existe uma direita organizada, com pautas e discursos únicos?
Missão
A união desses pré-candidatos, de olho nas urnas, é uma missão bastante dura. Principalmente, quando a esquerda e o “centrão” lideram uma ampla “coligação-ônibus”, com vários partidos para apoiar a reeleição do prefeito Laércio (PT). Inclusive, cortejando todos os vereadores e muitas das lideranças potenciais para chegar ao Legislativo…
Conservadores
Em 2019, embalado pela vitória de Jair Bolsonaro, o grupo Direita Minas chegou a montar um grupo sólido em João Monlevade. Mas o grupo se dispersou e o movimento enfraqueceu. Agora, parece surgir um novo conservadorismo. Será que emplaca?
Mulheres
Neste Dia Internacional da Mulher, um assunto não pode passar esquecido: a falta de mulheres na política. Sobretudo, no Legislativo. Em Monlevade, há anos, não há uma mulher na Câmara Municipal. Neste ano, com as condições determinadas pela Justiça Eleitoral, será que essa realidade vai mudar?
Feminino
Muitos caciques políticos estão em busca de mulheres para concorrer ao cargo de vereadora. Isso, porque a cota de gênero determina um mínimo de 30% de cada sexo. Ou seja, com 16 nomes por partido, pelo menos cinco devem ser de um dos sexos. Não pode haver chapa 100% feminina e nem 100% masculina. Como a maioria dos políticos é homem, a procura por mulheres com condições de fazer campanha e angariar votos está em alta.
Eleições
Nas últimas eleições municipais, em 2020, as candidaturas femininas cresceram, mas ainda não representaram a população brasileira. Conforme levantamento da Câmara dos Deputados, apesar das mulheres serem 52,5% do eleitorado, elas representaram apenas 33,3% do total de candidaturas naquele ano, para prefeitas, vice-prefeitas ou vereadoras em todo o país.
Laranjas
A questão chave é que não basta apenas que as mulheres se candidatem. É preciso que elas tenham estrutura e apoio para uma real condição de disputar o pleito. Nada de “candidata laranja”, que seja apenas por figuração. Inclusive a fraude à cota de gênero pode levar à cassação do diploma de todos as candidatas e candidatos eleitos na chapa, a invalidação da lista de candidaturas do partido ou da federação, além da anulação dos votos nominais e de legenda.