Em menos de 24 horas, dois atropelamentos foram registrados na avenida Wilson Alvarenga, no bairro Carneirinhos, centro comercial de João Monlevade. Um deles, ontem (5), ocorreu na faixa de pedestres que dá acesso à Praça do Povo. O outro, na manhã de quarta-feira (4), aconteceu a poucos metros dali, nas proximidades do cruzamento com a rua do Andrade, deixando um homem ferido, com fratura na perna.
Os acidentes despertaram, mais uma vez, a indignação e a preocupação da comunidade. As manifestações dos leitores nas redes sociais do A Notícia são um reflexo do sentimento coletivo: há uma sensação de desamparo, de falta de ações efetivas e de riscos iminentes.É inaceitável que faixas de pedestres, como disse uma leitora, sejam em João Monlevade, “meros desenhos no asfalto”, ignorados por motoristas apressados, distraídos, ou simplesmente negligentes. Por outro lado, não menos preocupante é o comportamento de pedestres que, por excesso de confiança ou imprudência, atravessam sem atentar à dinâmica perigosa do trânsito local.
Motoristas que insistem em usar o celular ao volante; veículos desviando da BR por conta das obras e sobrecarregando ainda mais o tráfego urbano; ausência de fiscalização adequada; e a falta de agentes de trânsito favorecem essas fatalidades.
O trânsito na avenida Wilson Alvarenga precisa melhorar, com soluções práticas e rápidas. Talvez com mais fiscalização, redutores de velocidades, utilização inteligente das câmeras já instaladas; mais presença ostensiva de agentes de trânsito e campanhas educativas permanentes para motoristas e pedestres.
Fato é que passou da hora de Monlevade implantar uma política de mobilidade que priorize, verdadeiramente, a segurança de todos. A Notícia faz um convite à reflexão de motoristas e pedestres: a segurança no trânsito é um dever compartilhado, que exige respeito, atenção e empatia. Que não precisemos noticiar, mais uma vez, tragédias anunciadas.