O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados por um dia de descanso ganhou destaque neste domingo (10) nas redes sociais. O debate sobre a proposta ficou em primeiro lugar nos assuntos mais discutidos pelos internautas na rede social X, antigo Twitter.A extinção da jornada 6×1 faz parte de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela deputada Érica Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos Deputados.

A parlamentar tem se engajado nas redes sociais para pressionar os deputados a assinarem o requerimento de apoio à PEC, que precisa de 171 assinaturas para ser apresentada oficialmente. Até o momento, Érica conseguiu metade dos apoiamentos necessários.

Segundo a deputada, a escala 6×1 é desumana. “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, disse a deputada nas redes sociais.

A proposta do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), recebeu o apoio da deputada para pressionar os parlamentares. O movimento já conseguiu a adesão de 1,3 milhão de assinaturas da petição online em defesa da proposta.

Pelo texto da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensão de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

 

Deputada Érica Hilton

Fonte: Wikipédia

Foto: Reprodução

Erika Santos Silvamais conhecida como Erika Hilton (Franco da Rocha9 de dezembro de 1992), é uma políticaativista e modelo[1] brasileira. Identificando-se como travesti,[2] Erika é filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e atua nas causas voltadas aos direitos das pessoas negras e LGBT.[3]

Nas eleições estaduais em São Paulo de 2018, integrou o mandato coletivo[nota 1] da Bancada Ativista, encabeçado por Mônica Seixas.[5][6][7] Após as eleições de 2020, obteve notoriedade nacional e internacional ao tornar-se a primeira vereadora transgênero eleita pela cidade de São Paulo e a parlamentar municipal mais votada do país. Durante o mandato, discutiu questões de gênero, desigualdade e foi responsável pela criação da CPI da Transfobia, entre outros feitos.[8][9][10] Devido à visibilidade alcançada, ganhou, em 2021, o prêmio “Generation Change” no MTV Europe Music Awards.[11]

Em 2022, ingressou na disputa eleitoral por uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo,[12] conquistando o cargo de deputada federal com 256.903 votos.[13] No mesmo ano, foi reconhecida como uma das “100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo” pela BBC.[14] Em 2023, por votação do público, ficou em segundo lugar entre os melhores parlamentares no Prêmio Congresso em Foco, bem como em sexto lugar na escolha do júri especializado.[15] Já em 2024, a deputada venceu a votação popular da mesma premiação.[16]