Com o feriado de Finados neste sábado (2) o Cemitério Histórico de João Monlevade, abrirá suas portas para visitantes de toda a região. Conhecido como “Cemitério dos Escravos”, o local guarda as sepulturas de figuras marcantes da história local como Jean Antoine Felix Dissandes de Monlevade, precursor da cidade.
O cemitério se destaca por sua beleza paisagística e ambiental. Hoje, a preservação do local é mantida pela ArcelorMittal, que realiza um trabalho contínuo de conservação. A cada ano, o cemitério atrai novos visitantes, encantando-os pela beleza e serenidade do lugar. Situado no bairro Vila Tanque, próximo ao Social Clube, o cemitério estará aberto das 8h às 16h. Não é necessário agendamento.
Um marco histórico
O Cemitério Histórico, erguido por volta de 1820, foi construído para o sepultamento dos escravizados da Fazenda de Jean Monlevade. Quando Jean faleceu, em 14 de dezembro de 1872, ele foi sepultado no local conforme seu desejo.
O túmulo de Monlevade preserva as suas características originais e recebe muitas visitas. No cemitério está também sepultada a esposa dele, Dona Clara de Souza Coutinho e Senhorinha da Silva, escravizada e dama de companhia da senhora de Monlevade. Aliás ela é a única escravizada a ter a lápide devidamente identificada
Outros personagens
Outros personagens de importância para a cidade também estão ali sepultados. Entre eles está Louis Jacques Ensch, engenheiro siderúrgico luxemburguês, considerado o pai da siderurgia nacional, falecido em 9 de setembro de 1953, e sua esposa, Dona Maria Coutinho Ensch, que morreu em 21 de janeiro de 1966.
Ensch teve um papel fundamental na fundação da nova usina nas terras de Monlevade e na construção das vilas operárias que deram origem à cidade. Seu desejo de ser sepultado no local foi respeitado, após seu falecimento durante uma
Mais três pessoas estão sepultadas nesse cemitério: o engenheiro alemão Ervin Krueger, falecido em 22 de fevereiro de 1940 e que, na época, trabalhava na Usina de Monlevade como chefe de instalações elétricas; Orozimbo Bemvindo Brasileiro e José Alvim, ambos falecidos em 22 de agosto de 1942, segundo consta, em confrontos ocorridos na região, na época da Segunda Guerra Mundial.