A 17ª Companhia de Polícia Militar Independente e a Polícia Militar do Meio Ambiente estouraram nesta terça-feira (15) um laboratório de produção de drogas em Rio Piracicaba. Dois homens, de 28 e 30 anos, e uma mulher, de 23, provenientes de Nova Era, foram presas em flagrante. A “fábrica” de narcóticos ficava num sítio na localidade rural do Carvalho, e seu estouro é considerado o maior golpe desferido contra o tráfico de drogas na região em 2024.

O tenente Lucas Geraldo, comandante do pelotão da Polícia Militar em Rio Piracicaba, e o tenente Allan, da Polícia Militar do Meio Ambiente, explicaram à imprensa as circunstâncias da ocorrência. Aproximadamente 15 policiais trabalharam para desmantelar a fábrica de entorpecentes. Os três presos não tinham histórico criminal e, a princípio, não tinham relações com Rio Piracicaba, usando o sítio apenas para a preparação dos tóxicos.

Entre o material apreendido, estão 23 barras, dez pedaços, sete bandejas com mudas e uma sacola com sementes de maconha, além de um saco de adubo. Os militares também recolheram duas barras e dois pinos cheios de cocaína, uma sacola com a droga em pó, um pacote de pasta-base para cocaína e um pacote de folhas de coca.

A lista de produtos ilícitos continua com oito pedaços de ecstasy, duas armas verdadeiras e uma falsa, uma sacola cheia de pinos vazios para embalar cocaína, uma pistola calibre.32 com um cartucho, uma pistola de fabricação caseira, uma arma falsa, duas panelas para fabricar drogas, uma peneira, quatro telefones celulares, um radiocomunicador, duas balanças de precisão, 73 tubos de lança-perfume, um computador portátil e uma CPU, cadernetas de anotações, uma prensa hidráulica e duas manuais e produtos químicos de vários tipos para produzir os narcóticos, como três latas de thinner e dois vidros de cola de sapateiro, entre outros itens.

As apurações, iniciadas através dos levantamentos da Seção de Inteligência, duraram cerca de um mês, e continuam. A Polícia Militar recebeu denúncias anônimas sobre o laboratório estourado nessa terça-feira. Existe a suspeita de que a “fábrica” servia a uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas, uma hipótese que ainda será investigada.

Os policiais remeterão todo o material à Delegacia de Polícia Civil, e as investigações prosseguem. Conforme a Polícia Militar, esta é a maior apreensão de drogas na região desde a operação Apocalipse, desencadeada em março de 2023 em João Monlevade.