(*) Janaina Maciel Lopes
Hoje, dia 31 de maio, comemoramos o Dia Mundial de Combate ao Fumo. O cigarro é composto por mais de 5000 substâncias tóxicas e causa cerca de 50 doenças. O seu consumo aumenta a incidência do Infarto Agudo do Coração, do Acidente Vascular Cerebral (AVC), das doenças vasculares, como a doença vascular periférica, podendo inclusive, levar a amputação dos membros, como as pernas.
Além disso, o cigarro aumenta a incidência dos cânceres, principalmente o aumento do risco do câncer de pulmão. A iniciação do uso do tabaco tende a ser na infância ou no início da adolescência, fazendo com que o tabagismo tenha características de uma doença pediátrica. Já a dependência ao uso, geralmente, ocorre antes dos 18 anos, causando fortes sintomas na retirada do uso do cigarro em decorrência da abstinência pela falta da nicotina.
Também é importante salientar que todas as formas de utilização do cigarro são danosas à saúde. O cigarro de palha, o fumo de rolo, o charuto, o rapé e hoje o uso dos cigarros eletrônicos são formas de consumo que fazem muito mal.
O cigarro eletrônico, também chamados de vapes, são os mais novos estímulos ao tabagismo. Inclusive, são divulgados nas mídias como opções para o tratamento do hábito tabágico. Os vapes podem conter cerca de 7000 substâncias tóxicas que, em altas temperaturas, causam danos muitas vezes irreversíveis aos pulmões, como fibroses pulmonares.
É importante divulgarmos os danos causados pelo cigarro ao seu usuário e àqueles que encontram-se perto dos fumantes, tornando-se tabagistas passivos. A Prefeitura Municipal de João Monlevade vem apoiando todo o trabalho desenvolvido no tratamento da doença tabágica. Hoje, temos na nossa cidade, o Dia de Combate e Conscientização Contra o Tabagismo, que integra o calendário municipal, no dia 31 de maio.
A Secretaria Municipal de Saúde, grande incentivadora do tratamento contra o tabagismo, vem também promovendo a capacitação de profissionais de saúde. O objetivo é capacitá-los para que possam através de palestras em escolas, oficinas, grupos de terapia e atendimento multidisciplinar, ajudar o paciente a abandonar o cigarro.
O paciente é orientado a lidar com a abstinência e, quando é necessário, após a avaliação médica, fazer uso de medicação para o tratamento da abstinência pela suspensão do uso do cigarro. Precisamos do apoio de toda a população na divulgação de que o tabagismo é uma doença. No entanto, o mais importante, é que é uma doença que tem tratamento. Conte conosco!
(*) Janaina Maciel Lopes é monlevadense e médica pneumologista
CRM 32014/RQE 15455