Pela segunda vez, a Polícia descobre um laboratório de preparo e refino de cocaína na região central de João Monlevade. Na primeira, em 2020, a Polícia Civil descobriu um laboratório em uma kitnet, em frente à Praça Neném do Lindinho. O dinheiro do tráfico era lavado através de uma lanchonete, em Carneirinhos.

Agora, a Polícia Militar do Vale do Aço descobriu um novo laboratório com 18 kg de pasta base de cocaína, em um prédio de alto padrão, também em Carneirinhos. Chama a atenção o valor dos entorpecentes apreendidos, que podem ultrapassar R$700 mil. Segundo a Polícia, após ser misturado, poderia dobrar a quantidade de quilos e, provavelmente, o do valor do produto ilícito. Sem dúvida, pode-se falar em cerca de R$2 milhões em drogas, manipuladas na região central de João Monlevade.

Além disso, no ano passado, um sítio também foi descoberto para a produção de drogas em Rio Piracicaba, também movimentando milhões.

Agora, pelo divulgado pela Polícia, a operação começou em Coronel Fabriciano e os policiais, após receberem uma informação, chegaram a Monlevade. Inclusive, um homem de 28 anos e uma mulher de 35, suspeitos presos, são do Vale do Aço. Afinal, por que eles montaram o laboratório em Monlevade? Quem financiou a compra dos materiais e das drogas que somam milhões de reais? Por que Monlevade tem laboratórios de refino de cocaína em pleno centro comercial?

São perguntas que a Polícia precisa responder, além de continuar investigando para descobrir se há outras pessoas da cidade envolvidas e prendê-las. Monlevade não pode se tornar um centro de produção e distribuição de entorpecentes.