João Monlevade está prestes a ganhar um de seus maiores investimentos das últimas décadas. A mineradora Bemisa iniciará no segundo semestre de 2025 a produção do projeto Pedra Branca, de extração de minério de ferro. Com investimento de R$100 milhões, diz a empresa fluminense, serão criados 400 postos diretos de trabalho. Conforme A Notícia apurou, a mineradora está 100% instalada no município, na Fazenda Sabaru, de propriedade do fazendeiro e empresário Caetano Martins da Costa.

Segundo a Bemisa, os direitos minerários abrangem uma área de 194,38 hectares, formando um polígono entre os territórios de João Monlevade, Bela Vista de Minas e Itabira. Esse espaço fica imediatamente a oeste da mina do Andrade, operada pela ArcelorMittal. Máquinas já trabalham no local para preparar o início da produção, com escritórios e outras instalações já edificadas.

A capacidade da nova mina, diz a Bemisa, é estimada em 130 milhões de toneladas, sendo 33 milhões de toneladas de minério de alta qualidade, com teor médio de 58,5% de ferro. Trabalhando com plena capacidade, a sua produção pode alcançar 1,5 milhão de toneladas anuais. “Quando em plena capacidade, o empreendimento deverá produzir anualmente 1,5 milhão de toneladas, o que elevará a capacidade de produção de minério de ferro da empresa para cerca de 5 milhões de toneladas ano, o que tornará a Bemisa um produtor de médio porte”, informa a mineradora.

Segundo a Bemisa, o desenvolvimento do projeto em Monlevade “contou com extensa pesquisa geológica, incluindo duas campanhas de sondagem diamantada que totalizaram cerca de 10.000 metros distribuídos em mais de 90 furos”, diz em nota.

Projeto Pedra Branca

O projeto Pedra Branca, uma planta móvel de britagem e peneiramento, destinada ao processamento a seco dos minérios de alto teor. Ele não empregará barragens para acondicionar os rejeitos da mineração, sendo impossível ocorrer um rompimento como os de Mariana ou Brumadinho.

Próximo a Monlevade, a Bemisa já opera o complexo Baratinha, em Antônio Dias. No ano passado, a companhia foi a 23ª maior pagadora da Contribuição Financeira por Exploração Mineral (CFem) do Brasil.

A Bemisa informa que já perfurou mais de 260 mil metros em seus projetos por meio de diversas campanhas de exploração. A mineradora afirma que alcançou “avanços significativos na estruturação de seus empreendimentos em diferentes substâncias minerais, incluindo minério de ferro, ouro, níquel, terras raras, cobre, fosfato e calcário. O Grupo Bemisa acredita no potencial da mineração no Brasil e está comprometido com o desenvolvimento sustentável dos ativos minerais no País”, diz em nota.