Um dos maiores problemas de cidades de médio e grande porte no país é o transporte público. E, em Monlevade, a situação é grave. Todos os dias, os passageiros precisam enfrentar ônibus lotados após longa espera nos pontos. Apesar de haver um aplicativo que deveria informar o tempo para a chegada da condução, ele nem sempre funciona.
Trabalhadores, estudantes e pais de alunos reclamam das condições do transporte público. Muitas vezes, os veículos tornam as viagens insuportáveis, devido ao calor e à superlotação. Principalmente, nos horários de pico.
A Prefeitura é responsável pela gestão do transporte e precisa, urgentemente, repensar as linhas atuais e buscar alternativas. É preciso que a Enscon, o governo, os vereadores e os setores da comunidade debatam o que pode e deve ser melhorado.
Justificativas para os problemas são muitas. Mas o povo trabalhador, os estudantes e os usuários em geral não merecem o tratamento que estão tendo dentro dos coletivos. Vale lembrar que mobilidade urbana envolve uma série de fatores.
Alguns desses são o excesso de quebra-molas, carros, semáforos que demoram e que poderiam ser “inteligentes” com novas programações; caminhões e caçambas em locais proibidos, além do excesso de pontos de ônibus, são alguns dos entraves para boa circulação dos ônibus e atendimento de qualidade aos cidadãos. Isso, sem falar nos velhos problemas do Rota Escolar: atrasos que fazem alunos chegar fora do horário na escola ou tarde em casa, entre outros.
Não adianta buscar resultados diferentes fazendo a mesma coisa. Monlevade cresceu, o número de habitantes e a frota de veículos também. Portanto, é preciso uma revisão do transporte público e de toda a mobilidade urbana: calçadas, estacionamentos, vias de acesso, quebra-molas, semáforos, tudo isso precisa ser reavaliado. Enquanto isso não acontece, a população usuária dos coletivos é a que mais sofre. E isso não pode mais continuar acontecendo.