O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Matheus Anchieta Ramirez participou de um encontro na Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo. Na terça-feira (18), o docente explicou aos vereadores o Projeto de Lei 004/2025, de autoria do Executivo, que trata do incentivo à produção de peixes ornamentais.
A proposta “São Gonçalo Ornamental” promete beneficiar diversos produtores rurais do município e ajudar na diversificação econômica da cidade. Participaram do encontro, o Secretário de Agricultura Eloísio Raimundo e os Técnicos Agrícolas Mario de Andrade Neto e Dayvisson Lino e o presidente da casa, Marlon Túlio (Avante) junto dos vereadores, Diego Ribeiro (PDT), Flavinho Terra Branca (Avante) , Gladston de Castro (PDT), Juninho de Edirlei (PDT), Kito Bicalho (PV), Marcinho do Bamba (PDT) e Rafael Tcheco (PDT).
Em seguida, o projeto foi enviado para ser analisado pelas comissões de: Legislação, Justiça e Redação; Finanças, Orçamento e Tomada de Contas; Administração Pública; Política Urbana e Rural, de Habitação e de Serviços Públicos. Os vereadores ofereceram parecer favorável. Com isso, o projeto está elegível para votação em plenário. Para aprovação da pauta, é necessária a maioria simples dos votos.
Economia
Fonte:www.canalrural.com.br
Minas Gerais é responsável por 70% da produção nacional de peixes ornamentais, concentrada em oito municípios na região de Muriaé, na Zona da Mata. Essa cadeia produtiva movimenta mais de R$10 milhões ao ano. Naquela região, cerca de 400 famílias vivem da renda da produção dos animais, o que caracteriza agricultura familiar.
Conforme especialistas, com apenas 1.000 m² já é possível ter uma produção de peixes, um espaço ínfimo, se comparado à produção de uma lavoura de café, por exemplo. O manejo também requer menos esforço do que a manutenção de um plantel de bovinos de leite. Mas o maior atrativo para os produtores de peixes ornamentais é o baixo investimento para um alto retorno financeiro.
Segundo os dados de uma pesquisa, no ano de 2021, a rentabilidade mensal dos produtores foi de quase R$ 9 mil por hectare. O estudo também aponta que o potencial de produção é ainda maior, pois a atividade ainda é carente de assistência técnica especializada e faltam políticas públicas voltadas para o setor.